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Racha em facção e mortes antecederam o confronto

Diário do Nordeste

24/02/2017

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Em entrevista coletiva concedida, ontem, delegados da DHPP e integrantes do BPChoque da PM deram detalhes da operação ( Foto: Natinho Rodrigues )
Em entrevista coletiva concedida, ontem, delegados da DHPP e integrantes do BPChoque da PM deram detalhes da operação ( Foto: Natinho Rodrigues )

As duas organizações criminosas que travaram o confronto que vitimou cinco pessoas, no Conjunto Habitacional Leonel Brizola, na Granja Lisboa, na última segunda-feira (20), já foram uma única quadrilha. O racha entre os criminosos teria ocorrido, no fim do ano passado, segundo a Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A reportagem apurou que um lado seria aliado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e o outro ao Comando Vermelho (CV).

Com a divisão, os grupos travaram uma guerra pelo domínio do tráfico de drogas no Conjunto Habitacional, conhecido como 'Carandiru', e começaram a matança. A DHPP conseguiu identificar pelo menos três homicídios que aconteceram apenas neste ano e foram causados pela rixa entre eles. Teria havido até a execução, por engano, de uma mulher inocente. O assassinato da mulher, que não teve o nome divulgado, teria sido o primeiro a acontecer depois do conflito entre as duas facções.

Dois dias depois, 7 de fevereiro, a vítima foi o adolescente Douglas Maxwell da Silva, 17 anos. Ele foi executado a tiros por volta de 12h, por suspeitos não identificados, na Rua José Martins, onde também aconteceu o confronto com cinco mortos nesta semana. O estopim do conflito foi o assassinato de Daniel Alves Machado, 22, na madrugada de domingo (19), em uma praça da Rua Taubaté, na Granja Portugal.

Revoltada com a morte de Daniel, a quadrilha ligada ao PCC se armou para a revanche e avisou aos inimigos do Comando Vermelho, pela rede social Facebook, que iria encontrá-los no apartamento que foi palco da carnificina. Para a Polícia Civil, o aviso fez com que a facção rival se preparasse para um revide.

O alvo principal do PCC era o traficante Francisco Alysson Lima, 22, mas os criminosos acabaram matando o irmão de Alysson, Alan Lima dos Santos, 20, e Valdirene do Nascimento Ribeiro, 21, no local; além de ferir gravemente Leonardo de Sousa Lopes dos Santos, 17, que morreu, horas depois, no hospital.

Na troca de tiros, o grupo ligado ao CV matou Jefferson Nazario Gomes Oliveira de Carvalho, 23, e Francisco Max da Silva Ângelo, 19. Preso na última quarta-feira (22), Alysson confessou ter atirado e matado os dois homens da facção rival.

Também foram presos José Carlos Pereira da Silva, 50, e Flaviana de Assis Forte, 24, que seriam responsáveis por esconder as armas e as drogas do grupo comandado por Alysson. Com eles, a Polícia apreendeu duas pistolas calibre 380, um revólver calibre 38 e 400g de maconha.

Sobreviventes

Segundo o delegado Fábio Torres, nove pessoas escaparam de morrer no confronto entre as duas facções criminosas. Cinco estavam na residência, entre elas uma criança de dois anos de idade, filha de Alysson. Os outros quatro sobreviventes são integrantes do PCC, que participaram do ataque.

A DHPP ainda não tem informação de quantas pessoas participaram diretamente do confronto e segue nas buscas.

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