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Investigação conclui que crime do

Diário do Nordeste

17/02/2017

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O caso da morte da estilista Yrna de Souza Castro Lemos, 27, teve o desfecho na esfera policial, ontem, quando o inquérito foi encaminhado à Justiça. A delegada Socorro Portela, diretora da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), relatou o caso no último dia 10, quando concluiu que o suspeito não teve intenção de matar a vítima; nem ficou configurada a ocultação do cadáver, já que a conduta não foi mantida. Ele foi indiciado por homicídio culposo.

No documento entregue ao Judiciário não consta o laudo da reprodução simulada do crime, realizada no dia 28 de janeiro, mas foram anexadas diversas provas periciais e testemunhais juntadas desde o começo das investigações. A delegada que presidiu a investigação diz em seu relatório que a Perícia Forense do Ceará (Pefoce) identificou uma marca punctória no braço direito de Yrna e, como ela era destra, isto era um indicativo que 'Greg' pode ter aplicado morfina, que causou uma overdose e resultou na morte de Yrna.

A estilista foi encontrada morta no porta-malas do carro do namorado, Gregório Donizeti Freire Neto, o 'Greg', no dia 1º de maio de 2016. Quando se apresentou na sede da DHPP, o jornalista disse que ele e Yrna tinham feito uso de morfina, na noite anterior, e ela passou mal.

Em depoimento, 'Greg' afirmou que colocou a vítima no carro e tentou levá-la ao hospital, mas 'apagou' no trajeto. Quando acordou, percebeu que Yrna estava morta. Ele revela que pensou em se matar, mas não teve coragem. Colocou o corpo da namorada no porta-malas do carro e foi para casa, no bairro Dionísio Torres.

Divergências

A sequência de fatos narrados por Gregório Neto gerou muita divergência, inclusive se ele teria ou não aplicado a droga na estilista. Os contrapontos à versão do suspeito geraram tantas discordâncias, que a DHPP chegou a pedir a exumação do corpo de Yrna, poucos dias após ser sepultado. No entanto a Justiça negou o procedimento.

Para o advogado de Gregório Neto, Leandro Vasques não houve crime. "Um jovem casal que vivia em plena harmonia, sem qualquer desavença, consome drogas numa madruga. Ambos eram usuários habituais. Um deles vem a óbito e a perícia constata overdose. Isso é o clássico exemplo de uma tragédia. Querer sustentar que 'Greg' deveria responder por homicídio doloso (intencional) é muita fantasia e contorcionismo jurídico. A autoridade policial enxergou homicídio culposo, já eu não enxergo crime algum nesse caso".

O advogado da família de Yrna, João Victor Duarte, disse que "as conclusões do relatório mostram uma incoerência clara". "A autoridade reconhece que o resultado lesivo era previsível, que há indicativos que Gregório aplicou a droga nela e que, portanto, assumiu o risco de produzir o resultado, o que caracteriza o dolo eventual e não uma mera culpa. Revela-se absurdo a DHPP reconhecer que o corpo permaneceu oculto por 15h e mesmo assim não o indiciar pelo crime de ocultação de cadáver".

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