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Castanhão passa por Obras de Recuperação e Modernização da Barragem

Rodolfo Lira

15/02/2017

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Uma rachadura em um dos pilares na 12ª comporta da Barragem Castanhão, observada por técnicos em setembro de 2014, finalmente está sendo recuperada. A trinca despertou a atenção de engenheiros e diretores do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs), cujos relatórios demonstraram necessidade urgente de providências.

Além do Castanhão, outras barragens construídas e administradas pelo Dnocs também necessitam de obras de manutenção e reparos, pois apresentam problemas que se estendem por vários anos. Dentre elas, os açudes Tejuçuoca (na cidade de mesmo nome), Farias de Souza (Nova Russas) e Thomás Osterne (Crato).

O problema preocupava diante da proximidade da quadra chuvosa, com chance de aumento do nível de água no reservatório, que impossibilitaria a realização do serviço de recuperação, além da importância da barragem para o abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), Complexo Industrial do Pecém e perímetros irrigados no Vale do Jaguaribe.

O Castanhão é o maior açude do Ceará e tem capacidade de acumular 6,7 bi de m³. Relatório técnico da inspeção do vertedouro em setembro de 2014, por engenheiros do Grupo de Trabalho em Segurança de Barragem da Coordenadoria Estadual do Dnocs apontou a existência da fissura. A trinca vertical de baixo apresentava uma extensão de cerca de 3,5 metros, entre as cotas 91,65m e 95,0m, distante 3,5m da linha de soleira da 12ª comporta, situa-se a 8,5m da junta de dilatação na face de montante entre os blocos 12 e 13.

A rachadura apresentou largura média de 8mm e profundidade de pelo menos 15cm. As informações iniciais foram encaminhadas pelo coordenador geral do Complexo do Castanhão, José Ulisses de Souza, em setembro de 2014, solicitando à coordenadoria estadual do Dnocs a vinda de técnicos para verificação da rachadura.

Dois relatórios do Grupo de Trabalho em Segurança de Barragem foram encaminhados à Coordenadoria Estadual do Órgão. Os engenheiros apontaram a necessidade de estudo mais aprofundado e de intervenção urgente, para resguardar a integridade da barragem, aproveitando o baixo nível de água que o reservatório apresentava, uma condicionante que facilita o trabalho dos técnicos.

Na época, o engenheiro Álvaro Teles, do Grupo de Trabalho em Segurança de Barragem, em seu relatório inicial, evidenciou que o Castanhão está localizado em uma região sísmica e que a fissura apresentaria risco de dano potencial alto e solicitou que todos os esforços deveriam ser empenhados para solução do problema. A obra de recuperação e modernização custará pouco mais de 15 milhões.

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