Diário do Nordeste
13/02/2017
Brasília. Aprovada na última quarta-feira (8), a reforma do ensino médio poderá ser implementada apenas em 2020 e ainda assim, não deve chegar imediatamente a todas as escolas. A previsão é dos Estados e das escolas particulares. Isso porque a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), elemento fundamental para a implementação da reforma, ainda está em discussão no Ministério da Educação (MEC). Quem entra nos holofotes agora é a Base, o início da implantação da reforma é atrelado à Base. A BNCC do ensino médio será definida pelo MEC e encaminhada para a aprovação do Conselho Nacional de Educação (CNE), para depois retornar à pasta para homologação.
Se isso ocorrer no segundo semestre, é possível esperar até 2020 para iniciar o processo. O cronograma vai depender de grande discussão. Começa agora uma etapa de discussão nos Estados de como se dará a implementação. A reforma do ensino médio define que as escolas devem passar a oferecer opções de itinerários formativos para os estudantes.
Eles deverão optar por uma formação com ênfase em linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou formação técnica.
Parte da formação (40%) será voltado para a ênfase escolhida e o restante do tempo, para a formação comum, definida pela Base Nacional Comum Curricular. Os Estados devem começar a implementar o novo modelo no segundo ano letivo subsequente à data de publicação da BNCC.
Tempo integral
A diretora da Federação Nacional das Escolas Particulares, Amábile Pacios, acredita que a reforma deve ser implementada em 2020 porque não há tempo hábil para o setor público se adequar. A reforma do ensino define ainda que as escolas devem ampliar a carga horária para 5 horas diárias (hoje a obrigação é 4 horas) em cinco anos. A intenção é que progressivamente ampliem para 7 horas, para ofertar educação em tempo integral.