Diário do Nordeste
27/01/2017
Vacaria sofre falta por trás do lateral Eduardo, no jogo contra o Bahia ( Foto: Kid Jr. )
O Fortaleza frustrou a sua torcida, na noite de ontem na Arena Castelão, ao ficar apenas no empate em 0 a 0 contra o Bahia, na estreia de ambos na Copa do Nordeste de 2017.
O Leão do Pici jogou desde os 37 minutos do primeiro tempo e todo o segundo - que teve três minutos de acréscimos - com um jogador a mais que o time tricolor baiano e mesmo assim não conseguiu marca rum gol que lhe daria a vitória no clássico.
O Tricolor volta a jogar pela Copa do Nordeste no dia 5 de fevereiro, às 17 horas no Estádio Lindolfo Monteiro, contra o Altos, do Piauí. E o Bahia recebe o Moto Clube/MA, no dia 4 de fevereiro, às 20h30 em Pituaçu.
Quando se esperava um jogo com várias chances de gol, disputado do ponto de vista técnico, o os tricolores cearense e baiano, trocaram a técnica pela truculência.
Foi grande o número de faltas de lado a lado, forçando o árbitro pernambucano Gilberto Rodrigues Castro Júnior a apresentar cinco cartões amarelos e um vermelho.
Foi mais um primeiro tempo em que se evidenciou uma característica do Leão do Pici: o time montado pelo técnico Hemerson Maria tem o perfil de marcação forte, briga incessante pela posse de bola, entretanto, carente em jogadas criativas.
A limitação do elenco fica clara na escalação dos três únicos atacantes que existem no elenco: Lúcio Flávio, Juninho Potiguar e Gabriel Pereira.
O terceiro jogador que tem missão ofensiva, Rodrigo Andrade, foi muito marcado e em vários momentos, teve que entrar em discussão com jogadores do Bahia, que lhe impuseram uma interrupta perseguição.
Única chance
O Fortaleza teve apenas uma única chance de gol, que veio numa cobrança de falta efetuada por Rodrigo Andrade, cobrando falta. Jean espalmou a escanteio.
Aos 37 minutos, ainda do primeiro tempo, o volante Juninho, do Bahia, já tendo cartão amarelo, puxou o também volante Vacaria, do Fortaleza, pela camisa, sendo expulso.
O Leão do Pici foi melhor na segunda etapa, quando apresentou uma melhora na sua produção ofensiva. As jogadas começaram a surgir.
Gols perdidos
Dois jogadores do Fortaleza perderam chances que poderiam ter mudado a história do jogo. O primeiro deles foi o garoto Gabriel Pereira, que havia marcado o gol da vitória no clássico-rei contra o Ceará. De cara para o gol, ele demorou a chutar e um zagueiro mandou para escanteio. O outro atacante a desperdiçar chances foi Lúcio Flávio, que teve duas oportunidades para definir o placar a favor do Fortaleza, e não conseguiu. No primeiro lance, encobriu o goleiro e o zagueiro Tiago tirou de cima da linha, evitando o gol.
No segundo lance, houve cruzamento na área e Lúcio Flávio cabeceou, mas o goleiro Jean praticou a defesa e deixou o placar no 0 a 0.
O Fortaleza mostrou que ofensivamente, ele tem limitações. Os laterais, Jéfferson pela direita e Gastón pela esquerda, não têm características de apoiar com frequência, o que limita as opções ofensivas. O atacante Juninho Potiguar ainda não conseguiu mostrar o futebol que todos conhecem, sendo substituído por Wesley. Rodrigo Andrade não produziu muito, também sendo substituído por Patuta.
Olho no jogo
Ficou devendo
O atacante Lúcio Flávio, de quem se espera ser o homem de referência na linha de frente do Fortaleza, ficou devendo no clássico regional contra o Bahia. Em duas oportunidades na partida, não conseguiu marcar o gol que daria a vitória seu time. Apesar da movimentação, ficou devendo o gol.
Falha na disciplina
O árbitro pernambucano, Gilberto Rodrigues Castro Júnior, poderia ter sido mais enérgico desde o início, quan do os jogadores procuraram mais cometer faltas do que jogar. Mesmo assim, apresentou cinco cartões amarelos e um vermelho, apenas no primeiro tempo de partida.
Jogo violento
A partida entre Fortaleza e Bahia foi muito violenta, especialmente no primeiro tempo. Vários jogadores sofreram faltas violentas e se o árbitro tivesse sido mais rigoroso, com certeza, haveria mais expulsões, do que apenas a acontecida com o volante Juninho, do Tricolor baiano.