Diário do Nordeste
26/01/2017
Os agentes foram cedidos por 30 dias, mas o período pode ser prorrogado. Eles integram o Grupo de Ações Penitenciárias Especiais ( FOTO: AGÊNCIA DIÁRIO )
Um grupo de dez agentes penitenciários especializados em intervenção em unidades prisionais foram enviados do Ceará para compor a Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP) e atuar no Rio Grande do Norte. A medida foi instituída pelo Ministério da Justiça (MJ) para auxiliar na gestão da crise do Sistema Penitenciário potiguar. Os agentes foram cedidos por 30 dias, mas o período pode ser prorrogado, como prevê a Portaria do MJ.
Além do Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal também enviaram agentes. De acordo com a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) do Ceará, 70 agentes de segurança farão a guarda, vigilância e custódia de presos em caráter extraordinário. "O objetivo é controlar a situação de caos nos estabelecimentos penais. A solicitação para a Sejus colaborar com o efetivo veio em função de o Estado contar com um grupo especializado, cujo trabalho tem reconhecimento nacional", informou a Instituição, por meio de nota.
Os 10 agentes enviados integram o Grupo de Ações Penitenciárias Especiais (Gape). "Os agentes penitenciários são quem de fato conhecem a rotina prisional, as atividades e intervenções necessárias para agir em uma crise como essa. Os grupos táticos têm uma função muito importante nesse momento", destaca o coordenador operacional do Sistema Penitenciário (Cosipe), Alexandre Leite.
A secretária da Justiça do Estado, Socorro França, considera que o pedido é um reconhecimento. "Nossos grupos táticos têm toda a expertise para atuar em momentos como esse. Acreditamos que receber esse pedido do Ministério da Justiça é uma chancela ao trabalho que vem sendo feito no Ceará", pontua.
Rebeliões
Desde o último dia 14 de janeiro, os detentos da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na Grande Natal, estão rebelados. A confusão teve início com uma briga entre os presos aliados às facções Primeiro Comando da Capital (PCC) e Sindicato do Crime do RN. As autoridades locais contabilizaram a morte de 26 presos durante o confronto, que têm desafiado o Estado em busca de poder dentro das penitenciárias.