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Jovem que matou juiz tira as algemas e foge

Diário do Nordeste

01/12/2016

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O adolescente de 17 anos apreendido pelo assassinato do juiz aposentado Edvalson Florêncio Marques Batista, de 77 anos, durante assalto no último dia 8 de março deste ano, se livrou das algemas e fugiu de dentro do complexo para adolescentes em conflito com a lei, situado no bairro São Gerardo, na Capital. A fuga ocorreu no último dia 24 e o juiz da 5ª Vara da Infância e Juventude, Manuel Clístenes de Façanha e Gonçalves, já expediu um mandado de apreensão contra o infrator.

Uma fonte do Sistema Socioeducativo informou que o adolescente e outro interno estavam apreendidos no Centro Educacional Cardeal Aloísio Lorscheider (Cecal) e haviam sido levados para a Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), na quinta-feira (24), sob acusação de tentativa de homicídio a um colega da mesma unidade. Ao chegarem na DCA, a delegada iniciou o procedimento e expediu as guias para que os dois fossem submetidos a exames de corpo de delito na Perícia Forense do Ceará (Pefoce).

Os internos teriam seguido algemados em um veículo da Superintendência do Sistema Estadual de Atendimento Socioeducativo (Seas) para a Pefoce. Ao retornar para a DCA, os menores haviam retirado as algemas sem que as pessoas que faziam a escolta percebessem. Quando o veículo parou na Delegacia, a dupla conseguiu escapar.

Buscas foram realizadas e apenas um foi recapturado. O adolescente acusado de matar o juiz não foi localizado. O titular da 5ª Vara da Infância e Juventude revelou que o adolescente já tinha um histórico de fugas mesmo antes de matar o juiz no assalto. "Ele responde a 19 processos como latrocínio, tentativa de homicídio, roubo, tráfico de drogas e porte ilegal de armas. Ele é de extrema periculosidade", disse Manuel Clístenes.

Isolado

O magistrado confirmou que após ser apreendido pela morte do juiz aposentado, o jovem foi encaminhado para uma área isolada do Cecal, onde ficou com outro garoto, que também tinha histórico de fugas e havia agredido um instrutor.

No entanto, nos últimos dias, outros internos com o mesmo perfil de risco de fugas foram colocados junto aos dois na mesma vivência. Durante uma vistoria, instrutores apreenderam drogas e celulares na unidade. Suspeitando que um colega de cela teria revelado às autoridades sobre a localização do material ilegal na unidade, os adolescentes decidiram "punir" o suposto delator.

O interno foi espancado pelos dois e só não acabou morto, conforme o juiz Manuel Clístenes porque a Polícia interveio. "Ele saiu do Cecal inconsciente, mas está se recuperando". De acordo com o magistrado, a dupla teria sido escolhida para matar o suposto delator pelo fato dos dois serem menores de idade, diferentemente dos demais internos do Cecal, que já são maiores.

"Eles são especialistas em fugas. Já escaparam várias vezes e sempre deram muitos problemas nos centros educacionais. Solto, ele representa um grande risco à sociedade", afirmou o juiz Clístenes Façanha.

A Seas foi procurada na noite de ontem para esclarecer as circunstâncias da fuga. "Devido ao horário a Seas não tem como enviar uma nota, mas não divulgamos informações sobre as medidas socioeducativas cumpridas pelos internos".   

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