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PM envolvida na chacina de Messejana vai para prisão domiciliar

Diário do Nordeste

12/10/2016

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A Justiça aceitou o pedido de substituição da prisão preventiva pela domiciliar para a sargento PM Maria Bárbara Moreira. Ela está na lista dos 44 policias acusados de envolvimento na chacina da Messejana, na madrugada do dia 12 de novembro, quando 11 pessoas foram assassinadas e sete ficaram feridas.

De acordo com a decisão do último dia 7, proferida pelo colegiado de três juízes que atuam no caso, na 1ª Vara do Júri, Maria Bárbara alegou ao Ministério Público que tem uma filha de 8 anos que precisa de seus cuidados, por ser portadora de cardiopatia, doença que atinge o sistema circulatório. Além disso, apresentou uma boa ficha funcional na Corporação e ressaltou o fato de ser ré primária.

De acordo com o promotor de Justiça Marcus Renan Palácio, que está acompanhando as investigações da chacina, o que levou à decisão foi, principalmente o fato da acusada ser mãe de uma criança que precisa de cuidados especiais. A menina estava com uma idosa de 88 anos, que já não possui condições de realizar os devidos cuidados.

"Estamos analisando o caso com muita parcimônia, responsabilidade e muita técnica processual. O Ministério Público não tem nenhum interesse de manter preso ou acusar qualquer pessoa", pontuou Palácio.

A análise dos pedidos de revogação está acontecendo desde a 1ª audiência do caso, mas esta é a primeira ré entre os 44 policiais presos a conseguir a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar.

"Em um primeiro momento, logo após a prisão dos acusados, todos os pedidos foram indeferidos, mas agora, depois da audiência começamos a analisar de forma cautelosa todos os pedidos de defesa levando em conta critérios objetivos e subjetivos", explica o promotor.

Tornozeleira

A sargento Maria Bárbara Moreira deixou a prisão, ontem, para esperar o julgamento em casa, mas terá que usar tornozeleira eletrônica e só poderá deixar sua residência em caso de consultas e emergências médicas da filha, que deverão ser comprovadas por atestados. Segundo a decisão da Justiça, caso a acusada infrinja qualquer regra, poderá voltar para o cárcere.

Conforme informações do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), até o momento, o Colegiado Especial, que é formado pelos juízes Luiz Bessa Neto, Adriana Dantas e Eli Gonçalves Júnior, designado exclusivamente para acompanhar o caso, já indeferiu três pedidos de revogação de prisão.

O advogado Carlos Éden Melo Mourão, que representa a sargento, disse que não quer se adiantar sobre os argumentos que serão defendidos por ele durante a instrução do processo, mas adiantou que acredita na inocência da cliente. "Ela está muito abalada. Nós acreditamos na inocência dela e é isso que iremos provar", afirmou.

Bárbara Moreira tem mais de 20 anos de Polícia Militar e era lotada na Cavalaria.

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