O Ceará perdeu 1.926 vagas de emprego em junho de 2016 em relação em relação ao mês anterior, representando pequena redução, de 0,16%, no índice de população assalariada e com carteira assinada. Nos últimos 12 meses, houve redução de 4% no nível de emprego ou -48.922 postos de trabalho, maior criação de empregos da região Nordeste.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social.
Segundo a pesquisa, o desempenho ocorreu principalmente devido à diminuição do emprego nos setores da Construção Civil (-1.770 postos) e do Comércio (-1.093 postos), cujos saldos superaram a expansão no setor da Agropecuária (400 postos).
Na série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, no primeiro semestre do corrente ano, houve decréscimo de 24.948 postos (-2,08%).
Queda no país
Em todo o Brasil, as demissões superaram as contratações em 531.765 vagas formais no primeiro semestre deste ano. Segundo o governo, o resultado dos seis primeiros meses deste ano foi pior, para este período, desde o início da série histórica do Ministério do Trabalho, que, neste caso, começa em 2002.
A demissão de trabalhadores acontece em meio à forte queda do nível de atividade, com a economia brasileira passando pela maior recessão dos últimos 25 anos. No ano passado, o PIB "encolheu" 3,8% e, para este ano, a previsão do mercado financeiro é de uma nova contração do nível de atividade.
Os números de criação de empregos formais do primeiro semestre, e de igual período dos últimos anos, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo nos meses de janeiro a maio. Os dados de junho ainda são considerados sem ajuste.