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Após 4 anos, siderúrgica produz primeiras placas de aço

Diário do Nordeste

22/06/2016

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Após ter levado quase quatro anos para ser erguida, a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) finalmente deu início, na última segunda-feira (20), à produção de suas primeiras placas de aço. Essa etapa representa o pontapé inicia nas operações do empreendimento, segundo afirmou o CEO da CSP, Sérgio Leite, no início deste mês, em entrevista ao Diário do Nordeste.

A Companhia, entretanto, disse em nota que o empreendimento segue agora "em fase de testes e ajustes" e só deve entrar em operação plena no "decorrer do segundo semestre deste ano", sem especificar data para o início das atividades efetivas. Também não foi detalhado se as primeiras placas produzidas já serão comercializadas.

O ex-governador do Ceará, Cid Gomes, que respondia pelo Executivo estadual durante o início das obras físicas da CSP, em julho de 2012, comemorou o começo da operação ontem, em sua página oficial no Facebook, e divulgou uma fotografia da primeira placa de aço produzida. "O impacto na economia cearense será equivalente a uma elevação de 48% em nosso PIB industrial", destacou o ex-governador. Além disso, a previsão é de que a CSP traga um incremento de 12% no Produto Interno Bruto (PIB) total do Ceará.

O início da produção das placas de aço ocorreu após a conclusão e o início das atividades da aciaria, última planta do processo produtivo. Na fabricação do aço, a aciaria transforma ferro-gusa em aço líquido. No fim desse setor, há um segmento chamado de lingotamento contínuo, onde o líquido é moldado e transformado em placas.

Capacidade

Durante a fase de testes, a CSP o terá capacidade máxima de produção anual de 3,156 milhões de toneladas de aço líquido e 3 milhões de toneladas de placas de aço acabadas. Com foco na exportação, a produção da CSP será direcionada à geração de produtos laminados nas indústrias naval, de óleo e gás automotivo e da construção civil.

A CSP esclareceu ainda que, durante a fase de testes e ajustes, o empreendimento permanece sob "responsabilidade da Posco Engenharia & Construção do Brasil (PEC), empresa integradora responsável pela engenharia, fornecimento de equipamentos e construção da siderúrgica".

45 mil trabalhadores

A Companhia disse ontem, em nota, que empregou mais de 45 mil trabalhadores durante sua construção. Na fase de operação efetiva, serão gerados 2,8 mil empregos diretos, 1,2 mil terceirizados e outros 12 mil empregos indiretos na cadeia produtiva de fornecedores.

A reportagem havia solicitado, na última segunda-feira, um balanço de quantos trabalhadores que participaram das obras já foram desligados e quantos ainda serão demitidos. Entretanto, as informações não foram enviadas até ontem.

A CSP assinou ontem com o Governo do Estado do Ceará um termo que viabiliza, a partir de hoje, o início das atividades de um Posto Avançado do Sistema Nacional de Emprego/Instituto de Desenvolvimento do Trabalho(Sine/IDT), situado ao lado da Siderúrgica, com foco na recolocação no mercado de trabalho de profissionais que trabalharam na construção do empreendimento.

A CSP é dotada de um investimento US$ 5,4 bilhões, segundo maior aporte feito pela iniciativa privada em todo o Brasil, tocado pela brasileira Vale e pelas sul-coreanas Dongkuk e Posco.   

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