COLUNISTAS / HILDEBERTO AQUINO

RUSSAS, SEMPRE É TEMPO!

Hildeberto Aquino

11//2/28/0

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Amigas e amigos,

 

            É mais sério do que se pensa ou do que comentam nos quatro cantos da cidade ou do que se percebe cristalinamente ao andarmos por nossas ruas. Eu não diria que há excessos da parte de alguns, mas maneiras diferentes de perceber e tolerar. Uns preferem calar, por conveniências, temor até. Outros se indignam e reclamam com destemor e justiça. E, curiosamente, afora os que compõem o staff da atual administração, ninguém mais sai em sua defesa, inclusive alguns que por ela trabalharam e que já convencidos da dura e indesejável realidade, desaprovam-na abertamente. E são muitos.


       Russas, infelizmente, vive um momento crítico em termos de não conservação da sua infraestrutura e pela falta de prestar melhor assistência social aos seus munícipes. Qual seja a área, há o que ser reparado. Só tentos como a UFC não redimem a falta de zelo para a com a cidade e mesmo porque foi um esforço conjunto, não há mérito individual. O seu IDH (Índice De Desenvolvimento Humano) que permite melhor classifica-la está realmente correto? Pairam dúvidas! As glórias têm ido para o administrador, mas a realidade é bem diferente.


       Somos insistentemente parados e convidados a fazer uma abordagem a respeito dessa insustentável situação enquanto em resposta sugerimos que não deixem apenas no pesado encargo de alguns - em especial dos radialistas e articulistas - visto que a todos assiste o direito de se manifestar, sem incorrer em crime algum. Somos livres! E para isso os microfones e espaços das rádios, TVs e blogs estão abertos, escancarados a todos, qual seja a facção, desde que não se abuse ou se baixe o nível e esteja bem fundamentado. Não devemos ser levianos, mas não temos porque temer denunciar, pugnar pelo que é justo. Então que acorram aos órgãos de comunicação com boa argumentação e continuarão a ter espaço para manifestações cidadãs. É nada mais que um exercício de cidadania que assiste a todos, independente da classe social, região ou etnia a que pertença. Reclamem individualmente ou, de preferência, formem grupos, exerçam os seus direitos. Busquem inicialmente o órgão responsável, insistam e se não lograrem êxito administrativamente então recorram à esfera judicial, como última saída. Temos à nossa disposição a nossa dinâmica Promotoria da qual podem se valer os cidadãos que tenham aviltados os seus sagrados direitos. Ela, a Promotoria, só pode agir se provocada, isto é, se houver denúncias concretas e, se possível, comprovadas documentalmente ou fundamentadas em quaisquer das provas acatadas pela Justiça.


      Destacamos assim, do nosso ponto de vista pessoal e, cremos também da população cansada de não ser atendida nos seus anseios, alguns aspectos mais gritantes que atestam esse estado de precariedade. A Saúde, por exemplo, está como nunca uma calamidade e, pior, sem perspectivas e sequer se apresentar justificativas que são devidas, sem favores, à população. Falta de tudo além de um competente gerenciamento. Falta da gaze passando por remédios de uso contínuo, indispensáveis à manutenção e própria sobrevivência dos que deles necessitam, ressalte-se, até lotação de médicos e dentistas nos postos que já se tornaram eternas vítimas do descaso criminoso. Por último atrasos inaceitáveis e desumanos no pagamento dos servidores se observam, sem justificativas plausíveis. Comentou-se em rádio local até ter ocorrido em reunião com servidores ameaça tipo: “Aí do servidor que fosse às rádios reclamar que teriam que se haver com o responsável por aquela secretaria que “partiria para cima”. Expressão forte, prepotente e inadequada. Ditadura? Onde estamos? O que dizer ainda da má conservação das estradas vicinais, dos buracos das ruas e avenidas que mesmo remediados, são de tal forma mal remendados que retomam em poucos dias. Às vezes nem a uma semana resistem. Pior é que até pedras antes integrantes daquelas vias danificadas sobram inexplicavelmente após os consertos. Onde está também o acompanhamento técnico, capacitado, dessas obras? É dinheiro público sendo jogado no lixo! Animais à solta é um dos pontos negativos cruciais que de tão reclamado tornou-se comum tanto quanto o descaso para com lixos, muitos dos quais alimentam pragas e animais, propiciando doenças e comprometendo irremediavelmente o meio ambiente. Providências? Mínima ou nenhuma! Como anda a higiene no matadouro e nos mercados? Onde está a Vigilância Sanitária do município? Ou não existe? O que dizer também dos entulhos por todos os cantos. Por que não disciplinar punindo o faltoso? Afinal a limpeza é de obrigação de todos. Caberia sim um disciplinamento. Se não o depositante do entulho fosse o responsável direto pela sua remoção em determinado prazo, que a prefeitura também tivesse um prazo para retirá-lo o quanto antes. Mas cruzar os braços negligentemente é imperdoável. É inegável que Russas cresce assustadoramente, mas não se tomam providências para compatibilizar crescimento com os serviços a oferecer a população. Serviços indispensáveis. Isto é indissociável. Não tem como adiá-los. É diariamente que têm que ser executados e bem executados. Necessitamos mais de quais e quantos equipamentos ou mão-de-obra para atender as necessidades do povo?



       Governar é trabalhar para o povo e não só para acomodar um punhado de preferidos que se supõem acima dos demais a quem, por obrigação, deveriam estar prestando serviço e da melhor qualidade se possível. São servidores públicos, o que significa dizer que o povo é que os mantém e a esse povo devem sim explicações, sim! Não fazem favores e nada temos que lhes agradecer por trabalharem condignamente. O povo paga seus impostos e quer, tem o direito de ver o retorno compatível. Chega de incompetência ou de procedimentos pequenos, politiqueiros. É o povo a única prioridade e não os caprichos de um grupinho. Será tão difícil de entender? Até secretários que se demonstrem inaptos para a função que sejam substituídos, imediatamente, cedendo lugar a quem pretende trabalhar e dar a sua efetiva parcela de contribuição para o município. Não podemos negar que há pessoas bem intencionadas na administração, sem dúvida! Muitos dos quais mantém com a população cordial relacionamento e sabemos do empenho de cada um deles, individualmente, mas que maioria das vezes são podados nas suas ideais e iniciativas. Comentam haver um grupinho por trás que anula as boas intenções. Resta-nos a dúvida: Quem manda realmente? Será que os que assim agem não têm consciência de que aqui também habitam, criam seus filhos e o que de melhor providenciarem para a cidade reverterá em benefício deles próprios, das suas famílias, dos seus amigos? Então, o que os impede de sentar à mesa e reconhecer os erros, retraçar metas, trabalhar conjuntamente e propiciar a Russas o que ela de há muito reclama e sem o que torna a convivência insuportável visto que baseada apenas em reclamações, falta de providências, aborrecimentos, inconformações de ambas as partes? Não é só no período de eleições que se tem que agir e mostrar serviço. Isto não funciona mais! Não engana mais! Não mais rende votos!


       É óbvio que a culpa não recai exclusivamente no atual administrador, pode até mesmo ser decorrente em parte de culpa das administrações que lhe antecederam, talvez, mas aí é que é a hora de se demonstrar proativo. O passado passou, olhemos para o futuro que, sem dúvida, demonstra-se promissor se, desde já, atentarmos e contribuirmos para que aconteça. E virá! Apesar de tudo ainda estamos confiantes na força, discernimento e consciência do povo russano que bem canalizados gerarão os melhores frutos a bem dos seus filhos, a bem de todos. Cresçamos, pois nesse sentido sabendo melhor escolher aqueles que irão gerir os destinos de Russas!

 

José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.brVisitem o Blog:  http://blogdoaquino.blogspot.com/


"Indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem! Clame, exija, exerça a sua cidadania e não seja mais um abmudo. "
(J. Hildeberto Jamacaru de AQUINO)

Hildeberto Aquino

Nascido em Crato (CE). Formação: Língua Portuguesa e pós-graduado em Gestão Escolar. Ex-funcionário do Banco do Brasil, 1972/1997, assumiu em Russas em 1982. Corretor de Imóveis. Articulista (crônicas e poesias). Meu lema: "Indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem. Clame, exija, exerça a sua cidadania e não seja mais um abmudo!" José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

Hildeberto Aquino

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