O julgamento do Lula no TRF4 e a bravata de Gleisi Hoffmann

Carlos Eugênio

22/01/2018

O julgamento do Lula no TRF4 e a bravata de Gleisi Hoffmann

O que se espera do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) no julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula? Que se cumpra a lei. Qualquer cidadão de bem, desprovido de paixões ideológicas vagabundas, não aguarda nada mais, além disso: respeito à Constituição e as leis vigentes, sem olhar a quem.

Lula foi condenado em primeira instância, por nove anos e meio de prisão, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e está tendo garantido o direito constitucional de recorrer judicialmente à segunda instância. Ponto final.

A gritaria dos insatisfeitos, com a decisão do judiciário, não passa de lamentações de quem esperneia fazendo apologia ao crime. Mas nem todo brasileiro assina um cheque em branco para que se roube em seu nome como muitos esquerdopatas fazem. Portanto, as pessoas que não aceitam a corrupção – seja esta advinda de setores da direita, esquerda ou centro – exigem que a justiça seja feita, em nome de uma República menos corrupta.

Ou será que alguém está acima das leis no Brasil? Para a senadora Gleisi Hoffmann (PR), sim. Para muitos militantes esquerdistas, idem. E foi apenas tentando inflamar essa corja, que a presidente do PT, em entrevista ao portal Poder 360, afirmou: "Para prender o Lula, vai ter que prender muita gente, mas, mais do que isso, vai ter que matar gente. Aí, vai ter que matar".

Sério? O PT está planejando uma guerrilha caso a sentença seja confirmada pelo TRF4? O PT vai se oficializar como organização criminosa? A declaração da senadora mostra que ela é apenas mais uma corrupta, clamando impunidade aos corruptos.

Uma afirmação irresponsável, indigna para uma senadora e presidente de um partido politico. Gleisi Hoffmann falou como presidente do PT, mas fez uma asserção de chefe de organização criminosa. Para quem não se lembra, essa senadora é a mesma que a Procuradoria Geral da República pediu ao STF – em novembro de 2017 –, sua condenação e de seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, por suposto envolvimento em esquema que teria desviado mais R$ 1 milhão da Petrobras.

A senadora petista desafiou os desembargadores. Esse tipo de bravata não vai intimidar a justiça. Gleisi tentou inflamar a militância, mas acabou mesmo foi jogando Lula na fogueira. A depender dos ânimos das manifestações orquestradas pela esquerda, pode-se muito bem pedir a decretação de uma prisão preventiva de Lula, como garantia da ordem pública, Artigo 312 do Código de Processo Penal.

O que a sociedade deve exigir diante desse fato? Que prevaleça o significado romano dado à justiça: a venda nos olhos da deusa deverá prevalecer como um símbolo de imparcialidade.

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