COLUNISTAS / CARLOS EUGÊNIO

O projeto criminoso de poder continuou com Temer

Carlos Eugênio

21/06/2017

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É verdade que a economia brasileira estava dando sinais de recuperação: a inflação controlada, queda na taxa de juros Selic e o valor do real se estabilizando diante do dólar. Mas os acontecimentos seguem a máxima de Eça de Queiroz: “O manto diáfano da fantasia, não esconde a nudez forte da verdade”. E os fatos vieram à tona: o projeto criminoso de poder, que começou com o governo petista, continuou com Michel Temer.
     A denúncia dos donos do frigorífico JBS, Joesley e Wesley Batista, ratifica essa questão. Temer estava pagando o silêncio de Eduardo Cunha com o intuito de se manter no poder. Assim como Lula orquestrou um esquema criminoso, para a esquerda se perpetuar no comando do país, Temer seguiu a mesma politica ideológica vagabunda. 
     Ou será que os esquerdopatas esquecem que o PT só chegou ao Palácio do Planalto quando se coligou com o PBDB de Temer? A história não pode ser reescrita com o propósito de esconder a verdade. Temer é uma herança maldita da esquerda corrupta. Isso é fato. Mas temos coisas mais importantes a discutir nesse momento, caros leitores.
     O governo Temer acabou. Não existe mais governabilidade. Diante das evidencias, só há um caminho: respeitar o que rege a Constituição. E o que diz a Carta? O Artigo 81 é claro: “Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga; § 1º: ocorrendo à vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei”. 
     Portanto, num eventual caso de impeachment, renúncia ou cassação da chapa Dilma-Temer, só resta seguir o que diz a Carta: eleições indiretas.
     Sei que a gritaria é grande. A canalha não respeita a Constituição: “Diretas já...” “Emenda constitucional...” Por que não seguir o que manda a lei? A cada inquietação politica, a cada crise, hão de fazer uma emenda constitucional para atender a turbulência do momento? Que democracia é essa, que se mudam as leis em conformidade com o acaso? É inaceitável que isso aconteça. Precisa-se respeitar o Estado de direito.  
     Então, numa provável vacância da presidência da República, que se cumpra o Artigo 81 da Constituição. Qualquer outra saída fora desse contexto é abrir espaço para que se ponham em prática outro projeto criminoso de poder. Eleições indiretas para o fim desse mandato. Esse é o preço que o brasileiro terá de pagar por não saber escolher seus representantes.

Carlos Eugênio

Nasceu em Russas - CE. Graduado em Português Licenciatura Plena pela Universidade Vale do Acaraú; (UVA), Especialista em Ensino da Matemática e Física pela Faculdade Vale do Salgado (FVS). Professor, colunista do Jornal Correio de Russas e da TV Russas.

Carlos Eugênio

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