COLUNISTAS / CARLOS EUGÊNIO

A Odebrecht, Lula, os partidos o e poema Quadrilha

Carlos Eugênio

05/05/2017

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    Quem se lembra do poema Quadrilha, de Carlos Drummond de Andrade? O acordo de leniência da Odebrecht está mostrando a sociedade, como era a relação de partidos políticos com a empreiteira. A estrovenga funcionava assim: João amava Teresa que amava Raimundo/ que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili,/ que não amava ninguém.// João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,/ Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,/ Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes/ que não tinha entrado na história. 
     J. Pinto Fernandes rompe o ciclo, não é? No entanto, isso não acontece na descrição dos executivos da Odebrecht. Analisem a farra dos partidos políticos, e vejam em quem esbarra todo esse esquema asqueroso.  
     Frei Chico recebia R$ 5 mil de mesada da Odebrecht, antes do irmão ser presidente/ Tião Viana recebeu 2 milhões/ O Filho de José Dirceu foi beneficiado com R$ 500 mil/ Os senadores Eunício Oliveira, Renan Calheiros e os deputados Lúcio Vieira e Rodrigo Maia foram beneficiados com mais de R$ 2 milhões.// Gilberto Kassab recebeu R$ 20 milhões de propina/ Vanessa Grazziotin R$ 1,5 milhão,/ Lindbergh Farias R$ 4,5 milhões de caixa dois.// Guido Mantega interveio, em R$ 150 milhões para Dilma/ Luis Claudio da Silva recebeu R$ 10 milhões/ E Lula embolsara, no mínimo, R$ 50 milhões// Frei Chico e irmão de Lula/ Luis Claudio é filho de Lula/ Dilma foi apoiada por Lula/ Os demais citados deram apoio ao esquema corrupto liderado por Lula/ E os outros envolvidos não couberam na narrativa.
     “Ah Carlos! Aécio Neves, José Serra, Geraldo Alckmin e o presidente Michel Temer também foram citados.” Verdade! E sabem o que eu penso disso, meus caros? Que todos aqueles comprovadamente envolvidos na propina, paguem por seus crimes, sejam de quais partidos forem. Não permito que nenhum cretino roube em meu nome, mesmo que seja para o “bem da nação”. Deixo essa teoria, vagabunda, para os esquerdopatas.
      No entanto, diferente do poema de Drummond, com exceção de alguns casos fora da curva que, reitero, devem ser punidos com o rigor da lei, a Quadrilha formada por diversos partidos políticos não rompeu o ciclo: gira em torno do nome de Lula. Não estou aqui afirmando que o petista inventou a corrupção no Brasil. Até porque isso não é verdade. Mas não se pode negar, por mais delinquente intelectual que o sujeito seja: Lula institucionalizou a corrupção no país, em nome de um projeto de poder. 
     A sociedade não pode fugir desse foco. Caso contrário, em 2018, o Brasil poderá ter o retorno de um criminoso à presidência da República, e ainda ser tratado como herói nacional. 

Carlos Eugênio

Nasceu em Russas - CE. Graduado em Português Licenciatura Plena pela Universidade Vale do Acaraú; (UVA), Especialista em Ensino da Matemática e Física pela Faculdade Vale do Salgado (FVS). Professor, colunista do Jornal Correio de Russas e da TV Russas.

Carlos Eugênio

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