Mesmo sendo reeleito, gestão Weber foi reprovada

Carlos Eugênio

18/10/2016

Mesmo sendo reeleito, gestão Weber foi reprovada

O prefeito Weber Araújo tem uma forma peculiar de gerir a máquina pública: sempre que assumiu a gestão da terra de Dom Lino, agiu como se ele fosse a fé, a lei e o rei, em Russas. Muitos de seus “admiradores”, eivados de um fanatismo ideológico desprovido de consciência critica, alimentam essa forma, hostil, de governar.

Nicolau Maquiavel explica esse comportamento: “O príncipe e o Estado, não estão a serviço da população, ao contrário, a população é a massa de manobra que constitui o exercito, para novas conquistas”.

A analogia se faz precisa, ao confrontar os fatos ocorridos na gestão Weber e sua reeleição. Mas o que seria dos políticos demagógicos, se não fosse os ignorantes desprovidos de consciência critica? Não seriam eleitos, não é mesmo?!

Em diversas situações, uma parcela considerável da população de Russas, se tornou massa de manobra nas mãos dessa administração. Os russanos devem se lembrar do tumultuo gerado pelos “seguidores” do prefeito, no inicio deste mandato – com cenas de violência na frente da Câmara Municipal – no intuito de pressionar os vereadores de oposição. Esta é apena uma, de muitas outras atitudes medíocres, que tentavam jogar a população contra aqueles que se oponham aos caprichos da gestão Weber.

Mesmo tendo sido reeleito, Weber Araújo sabe que a maior parte dos eleitores de Russas, não aprovou seu modelo administrativo. Uma gestão avessa aos interesses da sociedade, que levou o município as páginas policiais – com sucessivos escândalos de corrupção – e a perda do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), entre outras medidas arbitrárias. Explico.

Weber obteve 20.841 votos. Levando-se em conta, a votação de Raimundo Cordeiro: 20.393; Júnior Gonçalves: 2.903; e os votos brancos e nulos, que somam: 2.101; pode-se perceber, matematicamente, que Weber Araújo não é mais a fé, a lei e o rei, em Russas, como muitas vezes ele demonstra acreditar ser. O desgaste do gestor, frente à população, é nítido. A matemática ratifica esse fato. E nem estou me reportando aos 7.370 eleitores, que não foram às urnas.

Vejam: do eleitorado russano que compareceu as urnas, 25.397 desaprovaram a gestão Weber. Uma massa expressiva de eleitores insatisfeitos, não é mesmo, meus caros? A matemática está na natureza das coisas, e não se podem contrariar os números, a bel-prazer dos bajuladores, que cercam a “corte”.

O gestor tem ciência desse fato. Demonstrou isso, em pronunciamento nas redes sociais, quando afirmou que será o prefeito de todos aqueles que votaram nele, e dos que não votaram. Mostrou humildade. Seria muito bom, se o discurso fosse ao encontro da prática. Mas não é o que se tem presenciado, sempre que Weber esteve à frente do executivo municipal.

Seu estilo de governo segue a cartilha de Nicolau Maquiavel. Espera-se, no entanto, que o discípulo ouça o mestre, quando Maquiavel afirma que os homens esquecem mais rapidamente, a morte do pai, do que a perda do patrimônio. Afinal, como bem ensina o guia de como chegar ao poder e manter-se nele: “O povo não quer ser nem mandado nem oprimido pelos poderosos, e estes desejam governar e oprimir o povo”. A ruina de um governante começa quando esses princípios são contrariados. Quando esta não vem pelas mãos do povo, embora muitas vezes tardiamente, chega pelo rigor da lei.

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