COLUNISTAS / HILDEBERTO AQUINO

Aedes aegypti - O fim da picada!!!

Hildeberto Aquino

02/02/2016

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Sem trocadilhos, sem ser pessimista, sem conhecimento técnico (assumimos!), e tentando ser racional e realista ficamos a indagar como a potência de um ser aparentemente de estrutura tão frágil quanto qualquer mosquito sem relevância, mas que se demonstra detentor de uma força descomunal e que vem a provar que nós humanos somos seres fragilizados e desprotegidos (de todas as formas e até à falta de providência divina (para os crédulos)) enquanto nos vangloriamos afirmando-nos de "alto padrão de conhecimento técnico científico" e outras bravatas. O mosquito ousa e consegue desafiar agentes de saúde, cientistas, exércitos, até presidentes de vários países (alguns, os ingênuos, que até já reconhecem que "estamos a perder a guerra...") e ataca em todos os continentes indistintamente. Hoje já são 23 países, até os ditos de primeiro mundo, atingidos e a temer seus ataques mortíferos. Ao inseto atribuem lesões cerebrais gravíssimas decorrentes da Microcefalia, além de óbitos que em considerável e crescente número de vítimas.

Alguns aspectos nos parecem incongruentes e sem explicação. Enquanto grandes potências e países em desenvolvimento gastam bilhões de dólares em explorações do espaço, museus do futuro, arenas e cidades olímpicas, que pouco de significância real que tragam boas e efetivas consequências para a humanidade que padece à míngua na nossa Terra tão descuidada, ainda não temos sequer estrutura técnico-científica capaz de deter essa pandemia. O também estranho e ainda sem explicação é que não se divulga (ou encobrem propositalmente) um só caso de Microcefalia em filhos de pessoas abastadas. Por quê? Será que mais uma vez os de menor poder aquisitivo é que têm que arcar com as consequências? Contraditando, talvez afirmem que até nos EUA e países europeus também há registros de casos e em números consideráveis. Mas é que lá também existem pessoas sem estrutura socioeconômica como em todos os países, não é "privilégio" nosso (países subdesenvolvidos).

Sem ser alarmista percebam que há certo contrassenso ou displicência ao se afirmar que o terrível e temido Aedes Aegypti é responsável apenas pela transmissão dos vírus da Dengue, da Zika e da Chikungunya através de sua picada. Quem nos afiança que também não transmite Hepatite, AIDS e outras doenças perigosas que instaladas através de vírus e/ou pelo contato com o sangue de suas vítimas? Pica um que contaminado e logo em seguida outra vítima e assim propaga o vírus. Com a palavra os infectologistas abalizados.

O fato é que se observa perigosa negligência por parte também da população que insiste em manter vasilhames desprotegidos que propiciam a reprodução do mosquito e, principalmente, pelo descuro das nossas autoridades, em todos os escalões, já que desperdiçam milhões enquanto não investem, prioritariamente e com a urgência indispensável requerida, na busca de mecanismos - vacinas e outros - que tenham eficácia emergencial e não sejam meros paliativos em mais um engodo à população.

Hildeberto Aquino

Nascido em Crato (CE). Formação: Língua Portuguesa e pós-graduado em Gestão Escolar. Ex-funcionário do Banco do Brasil, 1972/1997, assumiu em Russas em 1982. Corretor de Imóveis. Articulista (crônicas e poesias). Meu lema: "Indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem. Clame, exija, exerça a sua cidadania e não seja mais um abmudo!" José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

Hildeberto Aquino

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