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É isso ai, prezados leitores... Aquele que prometeu fazer uma administração inovadora, deixar a cidade de Russas semelhante à Boston, só existiu nas falácias cretinas do período eleitoral. Seu discurso não passou de uma fraude de retóricas demagogas jogadas a multidão. Já está chegando o último ano de mandato, e o município de Russas não se assemelha a Boston, em nenhum aspecto. A modernidade da Suíça – também prometida – não veio. Só restou, aos filhos da terra de Dom Lino, conviver com o agravamento da falta de serviços básicos nas áreas da saúde, educação, segurança e infraestrutura.
É óbvio que não estou aqui cobrando que, em três anos, o prefeito transforme Russas numa cidade do primeiro mundo. Não se construiu Nova Iorque de um dia para a noite. Em oito anos ele não conseguiria esse feito. Em dez anos? Também não! Mesmo que o Weber se eternizasse no mandato, cumpriria sua promessa de campanha. O prefeito sabe que prometeu o impossível, tudo não passou de afirmações para iludir delinquentes intelectuais. O que seria dos políticos demagógicos se não fossem os ignorantes desprovidos de consciência critica? Não seriam eleitos, não é mesmo?!
Bem, vou deixar os delírios ideológicos alçados ao vento de lado, e deter-se aos fatos. Nos últimos dias o município de Russas tornou-se uma terra cercada de lixo por todos os lados. As reclamações partem da zona urbana e rural. As pessoas indignadas com essa situação demonstram suas insatisfações nos meios de comunicação que abrem espaço aos anseios do povo. Já não bastava o sofrimento da população com a falta de assistência na ausência de médicos e medicamentos, agora está sendo obrigada a conviver com a fedentina causada pelo lixo não coletado. Coletar o lixo periodicamente é um serviço básico. Mas falta competência ao gestor, para gerir essa ação tão primitiva.
Na área da educação, outro desastre administrativo. A operação “Hora do lanche”, impetrada pelo Ministério Público do Estado do Ceará, com acusação de irregularidades em licitações dos recursos da merenda escolar, já nos dá a concepção da realidade, embora se espere a apuração detalhada dos fatos e a punição dos envolvidos. Os desmandos na educação não param por ai: atraso constante de salários dos professores aposentados e licenciados; atraso no pagamento do transporte escolar, inclusive com a parada da frota; baixo rendimento dos alunos nas provas externas e a queda nos índices educacionais das escolas municipais.
A segurança pública é outro setor que deixa a desejar. Vai culpar o prefeito pelo índice de criminalidade ocorrido em Russas, Carlos? Não! Nem vou cobrar as câmeras propostas em seu plano de governo, no intuito de oferecer mais segurança à sociedade, que nunca foram implantadas. Segurança pública é da competência do Estado. Mas um prefeito não pode ficar a margem dos acontecimentos, enquanto a população anda amedrontada. É obrigação de qualquer gestor, exigir das autoridades competentes, ações que amenizem os problemas da insegurança em seu município. Compete sim, ao prefeito Weber, buscar meios junto ao poder responsável, e oferecer maior segurança a seus munícipes. Ficar a margem dos acontecimentos é ser conivente com o problema.
Essa situação me faz lembrar o filme Titanic, quando um quarteto segue cantando música clássica mesmo com o navio já afundando. Na trama, a desgraça que se abateu sobre eles é natural, causada por um iceberg, e não por seres humanos. O prefeito não pode fingir que está ouvindo Beethoven, enquanto a população cai em desgraça, pelo caos administrativo de sua gestão. Weber pode até acreditar que continua sendo a fé e o rei, em Russas. Mas não deve esquecer que a lei já bateu à sua porta.
Nasceu em Russas - CE. Graduado em Português Licenciatura Plena pela Universidade Vale do Acaraú; (UVA), Especialista em Ensino da Matemática e Física pela Faculdade Vale do Salgado (FVS). Professor, colunista do Jornal Correio de Russas e da TV Russas.
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