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A retórica não condiz com a prática, e as ações contradizem o discurso de Dilma Rousseff. É imensurável o esforço que ela faz para contrapor as leis da matemática e da física. O brasileiro vivencia um novelo de contradições orquestrado pela presidente. Dilma se apresenta nesse cenário, com falácias fora do contexto histórico e político. Aquela que se mostrou ao povo como uma administradora preparada para enfrentar os problemas dessa gigantesca nação, perde-se nos discursos e nas ações.
O marqueteiro petista fez um excelente trabalho: vendeu à imagem de uma presidente que só existia na imaginação de quem a criou. Conseguiram ludibriar a população e elegê-la por mais quatro anos. Nesse momento de crise, Dilma mostra a verdadeira face de uma gestora incompetente e despreparada para gerir o país. Pode-se ratificar essa questão em cada novo discurso jogado ao vento.
Verdade insofismável, caros leitores! Quando Dilma resolve falar, é como ouvir o Samba do crioulo doido. As exposições de ideias tornam-se um emaranhado de palavras sem nexo e contexto. A geografia é atropelada pela história, que se perde nas narrativas dos acontecimentos, e os conceitos de economia são violados em seus princípios básicos. Ou será que a presidente não entende nada das questões econômicas? Fica a dúvida, então. Embora seja preciso levar em consideração o estado de desalento em que ela se encontra. Não está sendo fácil justificar a adoção de medidas que tanto condenou, com o intuito de se reeleger-se e continuar o projeto de poder da esquerda corrupta.
A imprensa não pode calar perante um apanhado de erros grosseiros e exposições totalmente inverossímeis. Explico: Dilma convocou a Folha, o Estadão e o Globo para acenar ao povo um “mea-culpa” pela crise econômica, dizendo que demorou a entender a gravidade da situação. Veja a transcrição de um trecho da fala da presidente, feita pelo Estadão: “Fizemos a política pró-cíclica. Para preservar emprego e renda. O que é possível considerar é que poderia ter começado uma escadinha. Agora, nunca imaginaria, ninguém imaginaria que o preço do petróleo cairia de 105 em abril, 102 em agosto, para 43 hoje. A crise começa em agosto, mas só vai ficar grave mesmo entre novembro e dezembro. É quando todos os Estados percebem que a arrecadação caiu.”
Política pró-cíclica uma ova! Não é preciso ser especialista em economia para saber que nos quatro últimos anos, a equipe econômica do governo Dilma adotou uma política agressiva de desoneração. Anticíclica, portanto. Somente nesse segundo mandato, com o ministro Joaquim Levy, o governo Dilma adotou a política pró-cíclica: em virtude da recessão, o governo é obrigado a tomar medidas de contenção de despesas, fazer o dever de casa e reconstruir o equilíbrio fiscal. Portanto, Dilma confunde alhos com bugalhos.
O Brasil tornou-se uma embarcação a deriva, em meio à tempestade em águas profundas, e deu a louca na comandante. Quando o governo envia ao Congresso a proposta de Orçamento para 2016, prevendo um déficit de 30,5 bilhões, está ratificando sua incompetência administrativa. Dilma ignora as teorias éticas do sociólogo alemão Max Weber: a ética da convicção e da responsabilidade. Visto que ela não tem convicções para orientar seu comportamento político na vida privada, nem muito menos responsabilidade, para pôr em prática um conjunto de normas e valores que orientem suas decisões políticas a partir da sua posição como governante. A presidente governa o Brasil no ritmo do Samba do crioulo doido: ela não sabe se o trem está atrasado ou já passou. Até quando resistirá?
Nasceu em Russas - CE. Graduado em Português Licenciatura Plena pela Universidade Vale do Acaraú; (UVA), Especialista em Ensino da Matemática e Física pela Faculdade Vale do Salgado (FVS). Professor, colunista do Jornal Correio de Russas e da TV Russas.
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