BULLYING

Hildeberto Aquino

11//2/18/0

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Palavra bonita não? É claro, está em Inglês – mais um Anglicismo introduzido em nossa língua. E como tudo que procede do estrangeiro a alguns parece bom, devendo ser assimilado, esse veio, infelizmente, integrar o nosso vocabulário já tão poluído, insultado, sem personalidade. Quando saímos à rua pensamos estar uma cidade americana de tanto termos em inglês. E quando nas redações se aborda sobre violência em escolas, aí daquele que não usar esse termo, seja por esnobismo ou por pressão dos editores e revisores de plantão.

“Bullying” é um assédio escolar com a prática de atos de violência física ou psicológica, intencionais e repetidos, praticados por alguém ou um grupo, com o objetivo de ironizar, debochar, humilhar outra pessoa incapaz de se defender. Traduzindo: são as costumeiras desavenças, disputas que sempre existiram, em especial nas escolas e comuns na adolescência que tenta se afirmar perante o grupo ao qual pertence. É o que sempre foi: uma perseguição incontida de alguém sobre outra pessoa, provocando, humilhando, intimidando, mostrando quem é que manda, demarcando território e exigindo dos outros, os ofendidos, geralmente mais fracos fisicamente, respeito e submissão. Enfim, procedimentos provocativos que começam às vezes com um apelido humilhante, geralmente baseado nas condições físicas da vítima (gordo, baleia, esqueleto, narigudo etc.). Mas em outros tempos tudo feito a mãos limpas e não como se observa hoje. Não nos recordamos de alunos armados e propositalmente mal intencionados ou de assassinatos cometidos. E, naquele tempo, os indisciplinados provocadores eram obrigados a comparecer à Diretoria quando seriam admoestados (puxavam-lhe as orelhas. Que saudade do que era disciplina!!!) ou se chegaria até a expulsão dos faltosos, sem maiores questionamentos ou recursos e os pais compreendiam. Nos tempos atuais, criam tantas proteções em torno das crianças que ai do professor ou diretor que ousar punir adequadamente os alunos indisciplinados. De repente surgem os Conselhos Tutelares e outros órgãos que se dizem seus protetores a tomar-lhes as dores. Hoje até um apedeuto conhecido cogitou criar uma lei para punir os pais que castigassem, ainda que moderada e merecidamente, seus filhos mais rebeldes. Que espécie de cidadãos estamos formando?

J. Hildeberto Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br
(Visitem o Blog: http://hildebertoaquino.blogspot.com/ )

"Devemos preferir o som das vozes críticas da imprensa livre ao silêncio das ditaduras."
(Dilma Roussef)

"Indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem! Clame, exija, exerça a sua cidadania e não seja mais um abmudo. "
(J. Hildeberto Jamacaru de AQUINO)

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