COLUNISTAS / CARLOS EUGÊNIO

Petrolão: um projeto de poder

Carlos Eugênio

22/01/2015

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A quadrilha que se apossou da Petrobras pôs em prática um projeto de poder em benefício de um partido político e seus aliados. Isso ficou evidente nas declarações do ex-diretor Paulo Roberto Costa ao Ministério Público Federal (MPF), objetivando ser beneficiado pela delação premiada. Os contratos superfaturados entre 18% a 20% foram rateados entre beneficiários do mais asqueroso esquema de corrupção da história de um país democrático do mundo. Trata-se de um esquema que envolve bilhões. 

A presidente Dilma Rousseff ainda declara que o Brasil não vive uma crise de corrupção. Hipocrisia! Será que a presidente pensa que o brasileiro é tão ignorante ao ponto de ser ludibriado por suas palavras demagógicas? Respeite esse bravo povo minha cara presidente! Não nos trate como uma nação iletrada que pode ser iludida com conversas medíocres. Embora se tenha um fundo de verdade nessa questão, pois uma população inculta favoreça as ações dos larápios mandatários do poder. Infelizmente o brasileiro tem essa deficiência cultural. A nossa história está ai para mostrar esse fato.   

Os petistas apostaram suas fichas em dois projetos políticos para se perpetuar no poder: ampliação dos programas sociais iniciados no governo tucano e a prática do caixa dois, uma forma de garantir a eleição da própria legenda e partidos aliados. Seria uma espécie de Robin Hood brasileiro? Evidentemente que não! Esse herói mítico inglês, que roubava da nobreza (governo) para dar aos pobres, tinha uma causa mais justa. Enquanto o escândalo do Petrolão visa à permanência de um grupo político no poder, a qualquer preço.

Não existe dúvida que os motivos que levaram o Partido dos Trabalhadores (PT) a essa prática sórdida foi à ânsia de poder a qualquer custo. Rasgaram a história de uma legenda que fez pulsar o coração de muitos jovens ávidos por mudanças sociais. Os fins não justificam os meios. Somente os corruptos ratificam essa questão para justificar suas ações asquerosas. Distribuir pão com a ralé e garantir o circo, não pode ser visto como uma política de igualdade social. É dar uma migalha com a mão direita enquanto a esquerda rouba bilhões. O brasileiro precisa mudar sua concepção de mundo para enxergar a vida por outros horizontes. Não podemos aceitar a apropriação do dinheiro público como algo natural.

Dilma Rousseff contradiz todo seu discurso de campanha ao defender publicamente Graça Foster. Há evidente denuncias contra a atual presidente da Petrobras e se Dilma tivesse respeito pelo brasileiro já a teria afastado do cargo. O que faz a Dilma sustentar Graça Foster na presidência da Petrobras diante de tantas evidências? Seria Foster a garganta profunda do PT? Será que se ela cair levaria junto caciques petistas que até então afirmam nada saber da roubalheira? A sociedade brasileira exige uma resposta, pois estar cansada se ser tratada como bobo da corte.
   
Mas quando se espera que esse país tome um rumo e moralize suas instituições, a presidente Dilma assina um decreto concedendo perdão a presos, o chamado indulto de Natal, que pode favorecer os condenados pelo mensalão do PT. Advogados já estudam como tirar proveito desse benefício. O que será desse país, então? Não dar mais para amarrar o burro na esquerda corrupta, nem nos tucanos que representam à direita hipócritas. As duas alas simbolizam uma elite apodrecida. Marina silva seria a salvação? Confesso que tenho minhas dúvidas! Até chegar ao poder Marina precisa ser lapidada, e se tornar uma Lulinha de paz e amor, para trocar favores com aliados. Em outras palavras: o preço do poder é chafurdar em lamas fétidas.   


Carlos Eugênio

Nasceu em Russas - CE. Graduado em Português Licenciatura Plena pela Universidade Vale do Acaraú; (UVA), Especialista em Ensino da Matemática e Física pela Faculdade Vale do Salgado (FVS). Professor, colunista do Jornal Correio de Russas e da TV Russas.

Carlos Eugênio

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