CONFIRA TAMBÉM
-
28/03/2019
-
06/02/2019
-
25/01/2019
-
23/12/2018
Aos que pensam que a colonização do Vale do Jaguaribe trouxe em sua totalidade os modos de vida apenas dos europeus, engana-se completamente. Apenas a microideologia foi absorvida pelo povo de um modo geral. No fórum íntimo, familiar ou comunitário, o povo jaguaribano ainda dispunha de um grande arsenal simbólico, cultural e religioso, que persiste até hoje.
Os colonizadores europeus tiveram que se adaptar ao meio ambiente jaguaribano. Para isso, tiveram que se “associar” aos indígenas e seus conhecimentos de como sobreviver em um meio ambiente tão diverso do europeu.
São inúmeros os vestígios desta cultura indígena que ainda permanece no nome de cidades, árvores, o próprio nome da região; costumes como a dormida de rede, o biótipo físico da maioria dos indivíduos, o gosto alimentar etc.
O mais fantástico, é o conhecimento sobre a natureza e seus sinais sagrados, como é o caso do seu Antônio da Silva, que ainda hoje vende em sua banca, 64 tipos de folhas, sementes e cascas medicinais, sua banca está localizada no Mercado Novo.
As plantas e suas propriedades curativas, utilizado, com o passar do tempo, a mistura entre as antigas pajelanças e os rituais católicos, tem hoje sido comprovada pela ciência como eficazes em suas substâncias.
As Curandeiras, os Raizeiros e as Parteiras, são elementos que envolvem o sagrado em uma dimensão cotidiana da sociedade a que pertencem. Ainda temos alguns desses Sábios de outras realidades, sábios de um tempo em que não havia plano de saúde.
Professor especialista em ensino de História; Historiador Pesquisador; Escritor; membro da diretoria da Academia Russana de Cultura e Arte (ARCA); Compositor e ligado ao movimento Cultural de Russas Fez parte do Grupo Teatral Arco-Iris; membro fundador da OFICARTE Teatro e Cia; Professor na EEM - Escola Manuel Matoso Filho; Blogueiro.
Tem alguma dúvida, crítica ou sugestão?