COLUNISTAS / HILDEBERTO AQUINO

Impostos - Inversão de valores

Hildeberto Aquino

28/08/2014

Enviar por e-mail
Imprimir notícia

Quando ouvimos políticos alardearem ufanista, leviana e politiqueiramente o “fim da miséria”, a redução do fosso abismal entre ricos e pobres e outras leviandades utópicas geramos uma expectativa de que “agora sairemos do fundo do poço...”. Recordemo-nos de que desde o início da República os políticos afirmam que o “Brasil é o País do Futuro”. Futuro que nunca chega e, com isso, enchem-nos de expectativas enquanto deixamos de viver o presente. Pior é quando, conscientemente, um ou outro veículo de comunicação resolve expor a dura realidade expressa em números consistentes, reais. No quadro exposto dá para constatar o absurdo, o cruel da inversão de valores na cobrança de impostos que recai, injustamente e com maior peso, sobre a classe menos favorecida. É ela que paga a conta enquanto os mais abastados ou pagam menos ou sonegam, impunemente. E tudo isso com anuência perversa e por falta de determinação política dos nossos ditos representantes – senadores e deputados - os mesmos de sempre que já começaram a pedir o seu voto sob falsas e irrealizáveis promessas.
Na área do Executivo assistimos a dicotomia perniciosa entre apenas dois partidos que se reversam e fingem disputar entre si sem que se permita uma efetiva alternância de poder. “Hoje somos nós e amanhã vocês e assim nos perpetuaremos no poder e o povo que amargue a nossa incompetência.” Um desgoverno após outro, ambos ditos “social-democrático”, “dos trabalhadores”, mas que sequer ousaram propor uma reforma tributária como é conveniente e indispensável para a Nação objetivando minimizar os efeitos altamente danosos e que recaem justamente sobre os de menor poder aquisitivo. Pagamos uma carga tributária entre as mais altas do mundo e, pior, sem retorno compatível. O dinheiro sai dos municípios já quase falidos e se concentra mais de 70% no governo federal, 25% para os Estados e cerca de 5% tudo que arrecada para os municípios. Já ultrapassamos neste agosto/2014 a casa de R$ 1 trilhão de impostos que não se converte em benefício do povo. Basta ver o caos na saúde, onde falta de tudo; educação, onde temos apenas seis e mal colocadas - 150º. lugar em diante - universidades entre as 500 melhores do mundo; economia com estagflação (estagnação com inflação) e outras mazelas decorrentes do mau gerenciamento das nossas riquezas que já quase exauridas por mal administradas. Para onde direcionam os impostos???
Este é o Brasil que insistimos em não ver, negar até, enquanto nos deslumbramos com o mínimo – futebol decadente, carnaval recorrente e outros circos que se nos oferecem. 

Hildeberto Aquino

Nascido em Crato (CE). Formação: Língua Portuguesa e pós-graduado em Gestão Escolar. Ex-funcionário do Banco do Brasil, 1972/1997, assumiu em Russas em 1982. Corretor de Imóveis. Articulista (crônicas e poesias). Meu lema: "Indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem. Clame, exija, exerça a sua cidadania e não seja mais um abmudo!" José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

Hildeberto Aquino

DEIXE O SEU COMENTÁRIO

Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da TV RUSSAS. É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. TV RUSSAS poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

REDES SOCIAIS

  • Facebook
  • Twitter
  • Soundcloud
  • Youtube

©2009 - 2024 TV Russas - Conectando você à informação

www.tvrussas.com.br - Todos os direitos reservados