Russas: a gestão do atraso

Carlos Eugênio

04/08/2014

O ciclo do atraso instalou-se em Russas, com a posse do prefeito Raimundo Weber Araújo (PRB). Em praticamente dois anos de mandato,o município parou no tempo eretrocedeu em atendimentos básicos.As ações em benefício do povo só funcionam nas redes sociais. Informações contraditórias são jogadas ao vento, com o propósito de confundir e ludibriar a população. O municípiopropagado nos meios de comunicação a serviço o gestor,difere da realidade vivenciada pela população. O povoamarga o dissabor de uma escolha equivocada. Compraram lobo por lebre.
     A gestão do atraso está à frente dos desígnios de Russas.Nunca se viu tantos pedintes nas esquinas das ruas, por todaa cidade. Onde está o trabalho realizado pela Secretaria de Ação Social? Mas isso já seria esperar demais! Um gestor que em sua primeira ação frente ao poder, desativou o CEO (Centro de Atendimento Odontológico) do município, não se pode esperar um gesto humanitário. O slogan “Nossa maior obra é cuidar das pessoas” não condiz com a realidade de uma gestão medíocre.
O setor de limpeza pública é outra marca negativa desse mandato. Algumas ruas da periferia estão tomadas de lixo. É mais um desserviço de uma administração perdida no tempo. Onde está o secretário de Infraestrutura? Uma pergunta difícil de ser respondida! Sabe-se que a pasta é administrada por Ricardo Weber – filho do prefeito. Ele precisa, urgentemente, exigir maior empenho da prestadora de serviço. Entretanto, nem o secretário, ou muito menos o prefeito, agem para acabarem os pequenos lixões que se formam nos arredores da cidade.
     A saúde pública só funciona no site da prefeitura e facebook. No cotidiano, as pessoas que precisam de atendimento médico ficam sem saber onde buscar socorro. A verdade é que pobre não tem direito de adoecer em Russas.No entanto, no período eleitoral, o atual prefeito bradava que a prefeitura tinha “muito dinheiro”. Bastou assumir o poder para mudar o discurso. Mas,a falta de médicos e medicamentos é substituída pelo Wi-Fi na praça, como se isso fosse uma prioridade de governo.
    Não se pode deixar cair no esquecimentoà perda do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFCE) e do Centro Vocacional Cultural (CVC), trabalho do deputado Ariosto Holanda (PROS - CE). Somente com oprojeto do CVC,Russas deixou de ganhar um investimento de R$ 2 000 000, 00 (dois milhões de reais), verbas da emenda parlamentar do então deputado. A gestão do atraso não teve interesse em garantir o beneficio. Será que o município tem o que comemorar em mais um ano de emancipação política com essas pessoas a frente do poder?
Onde estão as câmeras anunciadas na campanha eleitoral, que seriam instaladas nas ruas para combater a violência? E a Secretaria Municipal de Segurança Pública? Não passaram de promessas eleitoreiras e demagógicas. Considerando-se a violência que o município enfrenta atualmente, seria uma ação providencial, de combate ao crime. Todavia, a gestão tem outras prioridades, como por exemplo, plantar carnaúbas em praças e avenidas. Uma forma de fazer politica pautado na demagogia.
     Como dizum trecho da música O prefeito, de Ton Oliveira: “É a cidade esburacada/ E o povo vivendo mal/ Mas quando a coisa ficar preta/ Eu invento uma micareta/ E faço aquele carnaval”. Esses versos encaixam-se perfeitamente na filosofia política implantada em Russas. Os desmandos administrativos buscam ser amenizados com a contratação de bandas musicais e queima de fogos de artifícios. Pode até faltar dinheiro para investir na saúde, educação e infraestrutura, entretanto, não faltam recursos para promover eventos que têm o nítido intuito de ludibriar o povo. É como retrata a citada música: A cidade fica feliz/ E ainda tem besta que diz/ Eita que prefeito bom.

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