COLUNISTAS / HILDEBERTO AQUINO

O Brasil perde... e ganha!

Hildeberto Aquino

14/07/2014

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Paradoxalmente o Brasil ganhou com as escandalosas derrotas. Ganhamos porque caiu o mito de que somos os “melhores do mundo”, “o país do futebol” e outros clichês criados pela mídia esportiva, justamente para manter acessa a chama dos que ainda acreditam ingenuamente, irracionalmente naqueles que nos vendem ilusões como verdades absolutas, porque disso sobrevivem e fazem o papel que lhes cabe ou que determinam. Na realidade somos apenas tão iguais quanto os demais, nem melhores nem piores, apenas circunstancialmente pentacampeões.
Enquanto isso, não damos conta de que a decadência do nosso futebol deve-se, boa parte, não por conta de falta apoio governamental já que os nossos inaptos políticos chegam ao absurdo de perdoar milhões em dívidas de clubes futebolísticos inadimplentes que, à falta de uma administração correta e competente, acham-se endividados junto a diversos órgãos governamentais, um acinte que aceitamos passivamente, mas também em função de outros sérios problemas. Atentem que nossos técnicos que quando seus times perdem campeonatos ou partidas seguidas, são sumariamente demitidos por serem considerados incompetentes. Eis que os mesmos demitidos são imediatamente recontratados para dirigir outros times. Isto é, a incompetência apenas muda de time e lugar. Nossos “craques”, os que faturam infinitamente superior ao talento que demonstram, continuam a vestir a camisa sem realmente “suar” a camisa. Já o povo, que sem memória, logo esquece e os “craques” levantam, sacodem a poeira e dão a volta por cima mais ricos do que até se imaginariam estar. Para eles não há tempo ruim, o dinheiro vem de qualquer forma e os fanáticos torcedores que chorem copiosamente suas derrotas.
Na “Pior das Copas!” foram DEZ gols sofridos em duas partidas. Poderia ter sido até mais na disputa contra a Alemanha (sete) que após o intervalo voltou mais calma, complacente (alguém lhes puxou as orelhas: “Devagar, maneira, eles nos receberam tão bem, não humilhem tanto...). Até os nossos artistas emudeceram, pois nem música teve e daí, em substituição, o povo gritou o hino e optou pelas vaias no início e no fim.
E ao lado disso, marginalizados, ficam os demais esportes cujos atletas demonstram mais apego à camisa que representam e que, inexplicavelmente, não recebem a mesma assistência que governantes - políticos e politiqueiros - de plantão dedicam ao futebol. Basta ver que as tais “arenas” não deixaram espaço para a prática de qualquer outra modalidade esportiva, apenas futebol. Bilhões investidos apenas direcionados a um esporte decadente que chegou ao fundo do poço. Um dia reaprenderemos jogar!!!

Hildeberto Aquino

Nascido em Crato (CE). Formação: Língua Portuguesa e pós-graduado em Gestão Escolar. Ex-funcionário do Banco do Brasil, 1972/1997, assumiu em Russas em 1982. Corretor de Imóveis. Articulista (crônicas e poesias). Meu lema: "Indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem. Clame, exija, exerça a sua cidadania e não seja mais um abmudo!" José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

Hildeberto Aquino

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