CONFIRA TAMBÉM
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22/10/2018
Eu não gostaria de fazer comparativos sobre qual das épocas foi ou é melhor quando se trata e se brinca (que bom ler ou ouvir essa palavra nos tempos de hoje) a maior festa do mundo. São momentos e circunstâncias distintas, não há como compará-las. De comum a ambas é que oficialmente sempre iniciaram nos sábados e, quando não estendidas, findaram nas terças-feiras; que a alegria e a energia sempre estiveram presentes e contagiam; que o extravasar de sentimentos que multiplicados ao primeiro repicar de um repique, da primeira batida do surdo ou de um tamborim, do primeiro gemido de uma cuíca ou dos primeiros sons estridentes e melódicos, profundos, das guitarras dos trios elétricos que estimulam, alucinam, ou que por conta dos simples contatos visuais ou corporais dos brincantes quando se cruzam sempre resultam romances efêmeros que, na maioria dos casos, por passageiros, restam desilusões e arrependimentos, como também saudades, não na mesma proporção, creio.
Hoje se beija mais, não digo que melhor nem mais seguro. Cada um sabe ou deveria saber que boca beija. Questão de gosto e não acredito que por falta de melhores opções. Blocos e fantasias sempre se fizeram presentes em todos os tempos. Da pinga pura aos uísques (hoje não tão puros ou confiáveis) esses sempre promoveram uma dose de reforço nessa loucura e liberdade sadias e desenfreadas como também sempre são considerados coadjuvantes indispensáveis nesses espetáculos. As ressacas essas sempre foram infalíveis no dia seguinte. Mas nada que outra dose não repare... Esta sempre foi a mais deslavada justificativa que sempre ouvi de todos os bêbados em todos os tempos.
Saudades temos sim do Lança-Perfume que incendiava enquanto perfumava o ambiente, mas hoje inventaram o tal “Cheirinho da Loló” - genérico, também proibido, mas nem por isso não consumido. Tudo enquanto no calor da festa vale a pena sim e é justificado, exceto drogas pesadas. Essas, abomináveis a qualquer tempo e as quais nunca fui afeito, nem as recomendo.
Não é nem nunca foi, a meu entender, uma festa “demoníaca” como alguns, os mais conservadores por razões de fé a consideram. Não era nem nunca foi pecado se divertir. Os excessos, esses sim sempre merecem reprovação e são eles que tiram o brilho de tudo, por mais bonita e contagiante que seja a folia. A falta de prudência, de comedimento maioria das vezes trazem consequências irreparáveis e nesses casos realmente podemos afirmar que a festa não valeu! Sempre restam perdas irreparáveis e saudades profundas.
Portanto, juízo foliões! Aproveitem a vida que é só esta, mas façam com amor, respeito ao próximo, alegria e se amem vivendo o hoje, pois o passado passou e o amanhã é incerto.
Excelente carnaval a todos!
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J. Hildeberto Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br
"Devemos preferir o som das vozes críticas da imprensa livre ao silêncio das ditaduras."
(Dilma Roussef)
"Indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem! Clame, exija, exerça a sua cidadania e não seja mais um abmudo. "
(J. Hildeberto Jamacaru de AQUINO)
Nascido em Crato (CE). Formação: Língua Portuguesa e pós-graduado em Gestão Escolar. Ex-funcionário do Banco do Brasil, 1972/1997, assumiu em Russas em 1982. Corretor de Imóveis. Articulista (crônicas e poesias). Meu lema: "Indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem. Clame, exija, exerça a sua cidadania e não seja mais um abmudo!" José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
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