COLUNISTAS / CARLOS EUGÊNIO

Uma farsa histórica

Carlos Eugênio

23/01/2014

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Afinal, para que educar o povo? Uma sociedade inculta alimenta a prevaricação, mantem os corruptosno poder e sustenta o fétido sistema politico brasileiro.Realmente não há motivos para mudar esse quadro de inércia na educação pública. Ao longo da história, muitas falácias, e poucas ações que pudessem proporcionar a valorização dos profissionais da educação. Anunciam-se mudanças substanciais, entretanto, na prática, não passam de medidas demagógicas, usadas como ponte para conduzir uma facção partidária ao poder.
    
A lei do piso salarial dos professores ratificaessa concepção. Gerou-se a expectativa de um salto qualitativo na educação pública, com a valorização dos professores. O tempopassou e veio a frustação - as próprias autoridades que criaram o piso, buscam brechas para burlar a lei. E a sociedade continua alheia as questões educacionais, como se não soubesse que o caminho para mudar o meio, parti do princípio de uma educação transformadora. Não acredito em igualdade social que não venha através de um sistema formal de ensino igualitário, para todas as classes sociais.

Mas o que esperar de uma sociedade tosca, onde pessoas se digladiam nos estádio de futebol por defender bandeiras diferentes? Que esperança podemos cultivar numa gente que cultua o carnaval e despreza a sabedoria dos livros? Não se muda a condição humana sem trilhar os caminhos deuma educação de qualidade para todos. Esse é o primeiro passo para transformar vidas e fomentar a tão sonhada justiça social.

Ao longo do tempo, os professores desse país sofreram vários golpes. Nos discursos demagogos, a classe política sempre priorizou-se a educação. Falácias de ideologias eleitoreiras. Nadanesse país foi tão falso, ao se tratar de educação,comparado com a farsa da criação do piso salarial do magistério. “Pela honra da minha família, voto pela aprovação do piso, para saldar uma dívida histórica que o Brasil tem com seus professores” - depoimento de muitos parlamentares no momento da aprovação da lei do piso. Mas que honra? É de causar náuseas, tamanha hipocrisia.

O Ministério da Educação (MEC) estabeleceu a base do novo piso salarial para o ano de 2014. Segundo a portaria interministerial, publicada no dia 18 de dezembro de 2013, o novo piso passa a ser de R$ 1697,37. Ah! Mas esse é o piso dos professores que não têm formação acadêmica! Juga-se, portanto, que os demais serão beneficiados conforme suas qualificações. Mais uma farsa.

Colocaram todos no mesmo saco. Professores que passaram anos cursando uma licenciatura e, uma pós graduação, estão ganhando praticamente o mesmo salário dos pouquíssimos profissionais que ainda não têm formação acadêmica. Não acredito em um ensino público de qualidade que não passe por uma política educacional de valorização dos professores, formação continuada e condições dignas de trabalho.

Como fica o estimulo dos educadorespara continuarem se aperfeiçoando em proveito do desenvolvimento do país? A sociedade precisa tomar consciência desse fato e agir em defesa de uma educação de qualidade para seus filhos.Especialistas acreditam que em torno de 60 anos, o professor terá seu salário equiparado a outros profissionais com o mesmo tempo de formação acadêmico.Pouco tempo não achas? Parece piada de mau gosto! Entretanto, vem ai os royalties do pré-sal, que serão destinadosà educação. Mais um jogo político com um tema imprescindível para o desenvolvimento de qualquer nação.Umanova farsa que servirá apenas, para sustentarno poder, a presidente Dilma Rousseff (PT) e seus aliados políticos.

Carlos Eugênio

Nasceu em Russas - CE. Graduado em Português Licenciatura Plena pela Universidade Vale do Acaraú; (UVA), Especialista em Ensino da Matemática e Física pela Faculdade Vale do Salgado (FVS). Professor, colunista do Jornal Correio de Russas e da TV Russas.

Carlos Eugênio

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