CONFIRA TAMBÉM
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22/10/2018
Por onde andam nossos beija-flores? Não recordamos quando os vimos pela última vez..., faz tempo. Ágeis, com movimentos exclusivos como o de voar para trás, de raríssimas penugens, um dos mais belos exemplares da natureza. Por tão coloridos parecem com os nossos tabletes, smartphones, mas com uma sutil diferença: eles têm vida, não são áridos, estáticos, sem calor que só peculiar aos seres vivos. São verdadeiras organizações de células que nascem, promovem a vida e morrem. Possuem DNA e são capazes de se reproduzir, gerar entes semelhantes. Agem com independência e para se mostrar não precisam de estímulos. Sem que ninguém lhes recomende sobre preservação do meio ambiente, em especial das florestas, eles as plantam e revitalizam com maestria, todos os dias, ao polinizar e gerar mais vidas, apenas com os seus bicos que nos parecem frágeis, mas que são instrumentos de promoção de vidas e sustentáculos de milhões de seres, com efeitos extremamente benéficos a nós seres humanos, “donos” do planeta... Nós, que nem sempre construímos algo edificante e, ultimamente, sequer reconhecemos os seres que verdadeiros construtores da humanidade, os mais dignos merecedores de nosso preito. Mas por que desapareceram, será só por causa do “Nim” (planta indiana introduzida no Brasil a qual atribuem efeitos maléficos ao nosso bioma) ou porque devastamos e poluímos em demasia, ou talvez porque não temos mais razões para deles nos importar? Não sabemos se aos atuais observadores da natureza (se ainda existem) se lhes é permitido distinguir uma espécie nobre quanto essa nem que pra isso sejam forçados a despregar os seus olhos já secos, já avermelhados por tempo demasiado de fixações nas telas dos seus tabletes, smartphones e outras peças sedutoras, cativantes, escravizadoras que o mundo moderníssimo nos brindou. Um levantar de olhos para contemplar a natureza que nos rodeia parece-nos mais difícil do que o manuseio dessas peças complexas, intrigantes, embora úteis se comedidamente usadas. Será que o Einstein tinha razão ao afirmar (ou quase isso): “Temo o dia em que a tecnologia ultrapasse a interação humana. O mundo terá uma geração de idiotas – Albert Einstein.” Será?
Nascido em Crato (CE). Formação: Língua Portuguesa e pós-graduado em Gestão Escolar. Ex-funcionário do Banco do Brasil, 1972/1997, assumiu em Russas em 1982. Corretor de Imóveis. Articulista (crônicas e poesias). Meu lema: "Indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem. Clame, exija, exerça a sua cidadania e não seja mais um abmudo!" José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
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