COLUNISTAS / HILDEBERTO AQUINO

Violência - O limite

Hildeberto Aquino

05/11/2013

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“E tome pau!” Frase mais adequada para os tempos atuais. Até policiais – autoridades cuja função constitucional seria manter a ordem pública -, acham-se acuados e apanhando nas ruas. Bandidos e baderneiros não respeitam patentes; desta vez foi um coronel de bons serviços prestados. A que ponto chegou! Era isso que você cidadã e cidadão esperavam acontecer?

A verdade é que o povo vai às ruas por já exaurido de tanta negligência governamental e expressa, como pode e acha que deve, o seu descontentamento com tudo a que assistimos. E entre os que respaldados clamam por justiça e providências aglutinam-se os bandidos e baderneiros que continuam queimando veículos (oficiais, coletivos e de particulares – de cidadãos ordeiros e que nada têm a ver com as ocorrências dessa desordem civil “nunca antes vista na história deste País...”). Obstruem estradas municipais a federais; arrombam lojas; quebram bancos (só assim eles quebram, nunca por prejuízos causados por clientes, suas eternas vítimas). Um caos generalizado que nos assusta e deprime. Estamos totalmente cercados, dominados e aterrorizados. Está feio, horripilante, como nunca imaginávamos um dia chegar. Não é pessimismo, é a realidade e basta que paremos e olhemos ao nosso redor. Alcançamos o pior estágio de violência que é quando bandidos perdem o medo das autoridades, enfrentam-nas e, ao que se demonstra, têm levado vantagem. Não temos mais condições de sequer fazer uso da nossa prerrogativa de ir, vir e trabalhar livremente. Liberdade..., só para os que delinquem. Isso nossos maus legisladores e governantes lhes asseguraram e os “direitos humanos” (unilateralmente) acobertam.

Algo a mais de estranho é que as Forças Armadas permanecem inertes à falta de quem as determine que cumpram o seu papel (só isso!) e atuem na garantia da lei e da ordem como preconizado na Constituição. Se nem isso é possível..., elas perdem o sentido. Mas, quem ousaria convocá-las se temem prejuízos políticos que decorreriam? Esses que poderiam e deveriam tomar iniciativas ficam amoitados e o povo que arque com as consequências. Diante do caos instalado os nossos governantes apenas se limitam a discutir resultado de pesquisas eleitorais, a planejar construções de obras faraônicas que nunca concretizadas ou são de pouca repercussão social. A letargia crônica e irresponsável desses, em todas as esferas, é aviltante. O povo, esse padece desprotegido e, mais grave, ainda tem que ouvir dos mesmos políticos relapsos que fazem uso de um artifício de politicagem ao pregar, hipocritamente, o “livre direito de se manifestar contra eles próprios” e assim posam de libertários. Iludem e não diligenciam para restabelecer a Ordem Pública que os cidadãos ordeiros (absoluta maioria) ficam a clamar. Os danos psicológicos e materiais são incomensuráveis enquanto a inércia dos Poderes constituídos é ultrajante e criminosa quanto os atos bandidos dos quais padecemos. Não era isso que nós brasileiros queríamos!


Hildeberto Aquino

Nascido em Crato (CE). Formação: Língua Portuguesa e pós-graduado em Gestão Escolar. Ex-funcionário do Banco do Brasil, 1972/1997, assumiu em Russas em 1982. Corretor de Imóveis. Articulista (crônicas e poesias). Meu lema: "Indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem. Clame, exija, exerça a sua cidadania e não seja mais um abmudo!" José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

Hildeberto Aquino

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