CONFIRA TAMBÉM
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22/10/2018
Intencionalmente, mas sem qualquer desapreço à digníssima classe, deixamos para expressar nossa sincera e justa homenagem um dia após a data consagrada à comemoração do evento. É que de tanto preteridos que são pelas nossas autoridades, enaltecer nossos queridos mestres um dia após não lhes causa qualquer desmerecimento, cremos. Apenas tem o intento de provocar os insensíveis e distraídos governantes e sociedade apática para que, ainda que tardio (não muito... indefinidamente...), é sempre bem-vindo o reconhecimento e que não fique somente em palavras. Ademais, todos os dias deveriam ser dedicados ao enaltecimento dos mestres que quando em salas, ou não, estão a nos encaminhar pelo resto das nossas vidas e o fazem, todos os dias, incansavelmente. Eles é que nos abrem todas as portas, mostram os melhores caminhos. Desconhecemos cientistas, médicos, engenheiros, qualquer profissional de qualquer área que não tenha passado pelas mãos carinhosas e por vezes exigentes (como deve ser) deles, nossos professores. Que sejam, pois, reconhecimentos efetivos e não apenas encenações lisonjeiras, interesseiras. Eles merecem por mérito e por abnegados que são!
O estanho e insensato é que dentre todas as profissões, o magistério é tido como uma atividade de segunda classe não lhe dando a importância cabida. Uma inconsequência! Esquecem que a absoluta maioria dos mestres cursou faculdade (sem entrar no mérito da reconhecida precariedade das nossas faculdades) e, de igual modo a outras carreiras, submetendo-se a vestibulares. O tempo que os demais profissionais dedicaram em seus cursos também são similares. Por que então só eles, os mestres, não são reconhecidos na sua trajetória universitária e exercício da sua bendita missão (formar cidadãos)?
Muitas vezes são alvo de manobras de pior nível quando são perseguidos atendendo a critérios politiqueiros ou quando não se lhes asseguram justa remuneração. Remuneração que comparável a de outros profissionais é aviltante e identifica o descuro para com a classe. Os professores na maioria das vezes substituem até os pais biológicos quando se tornam a extensão do lar e criam e educam até em detrimento das suas funções específicas, primordiais.
As manifestações as quais assistimos nas TVs, em busca dos justos direitos da classe são apenas sinais, alertas, e que externam a situação problemática da nossa Educação. Não são eles, os mestres, os responsáveis exclusivos por essa caótica situação. Sua parcela é mínima. Nossa Educação tem o seu nó Górdio na estrutura administrativa governamental, no seu currículo abarrotado de inutilidades e não na suposta ineficiência dos mestres como alguns, os inconsequentes, querem atribuir. Parabéns professores!
Nascido em Crato (CE). Formação: Língua Portuguesa e pós-graduado em Gestão Escolar. Ex-funcionário do Banco do Brasil, 1972/1997, assumiu em Russas em 1982. Corretor de Imóveis. Articulista (crônicas e poesias). Meu lema: "Indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem. Clame, exija, exerça a sua cidadania e não seja mais um abmudo!" José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
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