COLUNISTAS / AIRTON MARANHÃO (IN MEMORIAN)

Lampião no Serrote da Tapera

Airton Maranhão (in memorian)

27/09/2013

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Na mente dos mais imbecis dos indivíduos das entidades fantásticas e das personalidades dos gênios imortais de toda história, sem qualquer lenda de malefício, presságio e encantamento, muitos desses santos, deuses e animais irracionais, ainda acreditam que o único inseto que foi impedido de embarcar na Arca de Noé, foi o cupim. Que com um cérebro poderoso, profundo e impenetrável, persegue a humanidade perfurando falhas e fissuras de pirâmides, castelos, museus, catedrais e mausoléus e o dilúvio não conseguiu exterminá-lo da face da terra. O cupim sobreviveu com fome de alimentação para mudar o mundo e a aparência selvagem da cara-de-pau do político ladrão, que não sabe como ocultar a riqueza adquirida com a roubalheira dos cofres públicos, na estratégia de afanar o pobre miserável, a cuia dos cegos, a muleta dos aleijados, a merenda das crianças, o hospício dos loucos, o remédio dos enfermos, o albergue dos idosos, numa tragédia de comoção global. Quando o cara-de-pau, que não merece nem um túmulo triste, ainda mais como dizem o epitáfio de Newton, "um ornamento da humanidade”, não por arrependimento, mas por fracasso. O “verme da madeira” findará o halo destruidor dos caras-de-pau, para não imitar a experiência do Lampião, famoso capitão Virgulino Ferreira, o “Rei do Cangaço”, com o seu tesouro e armas, que armazenou em grandes caixões revestidos com madeira-mel-madeira, para o cupim não findar sua riqueza. Dizem que além do cupim, existem dois insetos nocivos à sociedade, considerados como os piores insetos que já pisaram na face da terra. O político ladrão, que rouba, mente e promete o inimaginável e o impossível, sem definir um partido político sólido, com democracia sustentável de autêntico político, sem fantasia de grupos de retalhos, que persistem por interesses eleitorais, enriquecer a custa dos fanáticos catacegos e dos cegos medievais, que acreditam em conto de fadas e nas mentiras do velho Moacir, que dizia que o Abominável Homem das Neves caminhava pelas areias brancas do Tabuleiro dos Negros, à margem da lagoa Caiçara. E como arrogava o prof. Fábio Ramalho, que a lagoa Caiçara tinha sido berço de baleia, e das suas profundezas emergia o monstro do Loch Ness. E como diz o Piano Miau, que nas noites de lua cheia, a sombria face branca de Michael Jackson surge no muro do cemitério dos Bons Aflitos. E como narra o jornalista Francisco Gomes

Segundo no seu artigo no DN, Recado do Lampião: “O velho mercado público não foi aberto para se vender carne. Leleco, o zelador da feira, não apareceu para bater o sino da Cachorra Magra, apenas um homem valente, chamado Joaquim Félix (o patriarca da família Félix) circulava pela calçada do mercado velho, na Rua Raul Vieira, com um rifle e muita bala à espera do confronto com o bando do Lampião.” E o segundo ser nocivo à sociedade é o que representa os Direitos Humanos, por trás da (Declaração Universal dos Direitos do Homem) que só existe no papel, e que ao invés de estabelecer a paz entre as nações, consenso entre os povos, e a igualdade entre a família da vítima e do condenado, simplesmente defende o ladrão, o homicida, o corrupto, o traficante, o latrocida, o estuprador, o pedófilo, a zelar por sua saúde, sua mente e seu bem-estar no presídio, para que a família do presidiário receba auxílio-reclusão e o preso, receba a metade dessa bolsa detenção, para imortalizá-lo e transformá-lo de um marginal em herói. Embora tenha cometido crimes hediondos dos mais cruéis, brutais, espantosos e horrendos. Enquanto a família da vítima morre de fome, sem emprego e sem amparo de nada. Nem mesmo da proteção dos Direitos Humanos ou do governo democrático. Por que diferenciar esses valores para com a vida, para com a dignidade humana, para com a igualdade perante a lei, como princípio básico da ética política e social, aplicados a todos os indivíduos, se todos são iguais perante a lei? Como disse Anna Maria Pertl Mozart, mãe do gênio Amadeus Mozart: “Numerosos foram aqueles que souberam explorar sua bondade, sem que ele tenha jamais percebido.” Lampião foi um dos que soube explorar a bondade, ao esconder o tesouro e suas armas. Quem sabe dizer por que os historiadores ficam assombrados para não revelar onde Lampião deixou escondido seu tesouro e suas armas? Para não revelar que o cangaceiro Chico Chicote, que assassinou o cearense Delmiro Gouveia, morreu heroicamente, lutando contra o exército de mais de trinta homens da força policial do Ceará, Pernambuco e Paraíba, para não confessar que cangaceiros, dos menos conhecidos facínoras, que macacos e volantes exterminavam às ocultas, tinham os seus cadáveres vendidos às faculdades de medicina, para os mais aberrantes estudos nos centros anatômicos. E para não descobrir que já existiam estrangeiros pesquisando os ETs do Serrote da Tapera, enquanto os historiadores nacionais já rastejavam nos carrascais e pedregulhos, empestados de cascavéis e serpentes venenosas, a pesquisarem a antropofagia e o canibalismo dos cangaceiros mais sanguinários. Sem negar que eram descendentes dos índios canibais Cunhambebes, do Rio de Janeiro, que comiam os portugueses e devoravam franceses nas águas Guanabara, coisa que não narrou o padre José de Anchieta. Que na caatinga dos mandacarus, longe da terra-mater, pequeninos ETs já perambulavam na intenção de descobrir o segredo da estiagem da gota serena, que causava os horríveis temores, a mais desconhecida solidão e as mais profundas angústias aos nordestinos que matavam a sede com as próprias lágrimas. Isso não é sonho dos visionários que evitam revelar que o Serrote da Tapera, no distrito de Peixes, o mais recôndito valhacouto do mais cruel e sanguinário cangaceiro, Virgulino Lampião, que teve encontro marcado com extraterrestres, que a se exibir, comandava o seu grupo, como pincela o quadro perfeito desses cangaceiros, Xavier de Oliveira: “grande chapéu de couro, quebrado adiante e atrás, meio Napoleão, de largo barbicacho à testa, alparcatas de rabicho, lenço encarnado ao pescoço, arma longa e curta, cartucheira e punhal”, deixou enterrado na gruta da Tapera, onde descem ETs, o seu mapa astral, tesouro e as armas, armazenados em grandes caixões revestidos com madeira-mel-madeira, onde estão preservados do cupim, até que sejam revelados pelos ETs dos discos voadores que povoam o município de Russas, principalmente no Serrote da Tapera. Onde existem canais energéticos – meridional – lugar místico considerado como um ponto especial por se concentrar a energia que movimenta os discos voadores, como certificou a revista Italiana, de nome Hera.

Airton Maranhão (in memorian)

.Originário de Russas – CE. Formado em Direito pela Universidade de Fortaleza – Unifor, advogado militante da Comarca de Fortaleza, e romancista. Livros publicados: Deusurubu, Admirável Povo de São Bernardo das Éguas Ruças. Romances: A Dança da Caipora, Os Mortos Não Querem Volta e O Hóspede das Eras. Membro da ARCA – Academia Russana de Cultura e Arte.

Airton Maranhão (in memorian)

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