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22/10/2018
A chuva é um dos fenômenos naturais e não temos nem como recorrer a quem seja para evitá-la ou mantê-la sob controle. Quando comedida é sempre bem-vinda, indispensável, uma benção! Quando excede é indesejada sob todos os aspectos. As cheias trazem mazelas e prejuízos os mais variados e piores que secas. A saúde é precarizada e o nosso corpo fica sujeito a uma série de doenças entre elas a hepatite, leptospirose etc. Como se não bastasse observamos os prejuízos materiais que para alguns – os mais abastados – podem parecer insignificantes, mas para o pobre é tudo o que conseguiu vida e que se esvai, desce nas enxurradas ou se perde com a invasão das águas. Armários, camas, guarda-roupa, TV, geladeira, fogão, tudo é danificado e os prejuízos que não repostos são incalculáveis. Além do incômodo e medo, mortes.
Mas a culpa não é só da natureza. Os administradores municipais, por relapsos, só agem, quando agem, para tentar remediar. Precavidamente nenhum toma a iniciativa com a oportunidade que a situação requer. Não só pela incompetência por não saber planejar para enfrentar situações emergenciais como também pelo descuido em não tomar logo medidas preventivas como desentupimentos de esgotos e galerias, recolhimento de lixos e entulhos, desobstrução dos bueiros das passagens, drenagens etc. É uma situação de pânico que nos faz sentir logrado pelas administrações municipais que anos seguidos não conseguem sanar ou amenizar a situação, por inábeis e criminosamente negligentes.
Pena que tenhamos receios ou não saibamos a quem recorrer por falta de esclarecimentos, pois contra o poder público caberiam ações por danos materiais e morais. Lamenta-se que aos responsáveis não lhes atinja para serem responsabilizados pelo descuro que demonstram, afetando-lhes inclusive o bolso, pois só assim eles se compadeceriam dos milhares de vítimas negligenciadas pelo poder público, nas diversas instâncias. A Justiça a tudo assiste apática, letárgica, não punindo, o que denota alienação e descompromisso com a sociedade a quem deveria amparar, de sua iniciativa!
J. Hildeberto Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br
Corretor e Articulista
Russas (CE)
"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons."
(Martin Luther King)
Posto isto, indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem! Clame, exija, exerça a sua cidadania ou se cale para sempre vencido.
(J. Hildeberto J. de AQUINO)
Nascido em Crato (CE). Formação: Língua Portuguesa e pós-graduado em Gestão Escolar. Ex-funcionário do Banco do Brasil, 1972/1997, assumiu em Russas em 1982. Corretor de Imóveis. Articulista (crônicas e poesias). Meu lema: "Indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem. Clame, exija, exerça a sua cidadania e não seja mais um abmudo!" José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
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