COLUNISTAS / CARLOS EUGÊNIO

Federalizar a educação

Carlos Eugênio

12//2/09/0

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Federalizar a educação

Carlos Sombra

 


    Um país que almeja ocupar espaço no senário mundial, não pode fechar os olhos para a educação. Não se faz uma nação consciente sem investir no ser humano. Este deve fazer parte do plano de governo de todo líder político, que tem consciência do seu papel. Investir na formação humana, tirar do mundo da ignorância e transformar em cidadãos e cidadãs conscientes de seus direitos e responsáveis por seus deveres, faz parte de um projeto educacional pautado na qualidade de ensino.  Para que isso venha ocorrer no Brasil é necessário que as escolas tenham o mesmo padrão de ensino.

 

    Todas as crianças precisam ter as mesmas oportunidades. Não podem continuar sendo descriminada, simplesmente pelo fato de seus pais serem pobres e não ter como pagar uma escola privada. O futuro dos jovens não pode continuar sendo tolhido, pela má sorte de terem nascido em uma cidade pouco desenvolvida. Todos devem ter as mesmas chances. O país que condena aos pobres, ocuparem as profissões que exige formação mínima de estudo, está equivocado em seu projeto educacional. Não se pode penalizar a realização dos sonhos de uma criança por ter nascido pobre.

 

     Escolas com infraestrutura precárias e remuneração de professores insatisfatória, consistem em algumas das causas do colapso da educação pública. Todo profissional necessita ser bem remunerado para que possa render no seu trabalho. O magistério não é sacerdócio. Chega desse romantismo barato! Ser professor é seguir uma profissão digna, e de fundamental importância para o crescimento socioeconômico de qualquer pátria. Sem a devida valorização desses autores do conhecimento, fica comprometido o porvir de um povo que anseia por crescimento econômico e justiça social.

 

    A União precisa tomar as rédeas da educação brasileira em todos os níveis. O ensino fundamental e médio tem a necessidade de ganhar um único padrão de qualidade em todo o país. Não podemos mais brincar de fazer educação. Chegou o momento de o governo federal assumir o seu papel perante a sociedade. Garantindo-lhes um ensino gerido por um modelo que não diferencie o estado social. Federalizar a educação é o caminho para novos paradigmas educacionais. Professores estaduais e municipais precisam ser federalizados. Para assegurar que o piso nacional do magistério, venha atender as necessidades de todos os educadores de cada recanto desse país. As escolas públicas devem ficar na incumbência do poder federal.

 

     Federalizar a profissão de professor é garantir um ensino singular para todos. Significa assegurar o mesmo salário a todos os professores do Brasil, sem distinção. Evitando a luta da categoria para que os Estados e municípios garantam o pagamento do piso nacional. Uma conquista ameaçada por gestões desequilibradas que teimam em não cumprir a determinação da lei. Outro fator preponderante com a federalização é a garantia de uma padronização, em termos estruturais, nas escolas. Rompendo as amarras de um sistema de ensino injusto e preconceituoso, por não primar pela igualdade de todas as classes e níveis sociais.

 

     Engajar-se nessa luta é assegurar que os investimentos não serão desviados para outros fins. É promover a igualdade social, na disseminação do conhecimento. É acima de tudo, garantir que uma criança não nasça apenada a seguir uma determinada profissão, somente por ocupar uma posição social desfavorável. O pobre tem direito de ser médico, advogado, engenheiro ou seguir outra carreira de seu interesse. Mas, enquanto continuar a politica educacional em vigor, que penaliza os menos favorecidos, essa perspectiva fica tolhida. Federalizar a educação é o caminho para saldar uma divida com os brasileiros e transformar sonhos em realidade.  

 


Carlos Eugênio Sombra Moreira

Professor e Escrito

Carlos Eugênio

Nasceu em Russas - CE. Graduado em Português Licenciatura Plena pela Universidade Vale do Acaraú; (UVA), Especialista em Ensino da Matemática e Física pela Faculdade Vale do Salgado (FVS). Professor, colunista do Jornal Correio de Russas e da TV Russas.

Carlos Eugênio

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