COLUNISTAS / CARLOS EUGÊNIO

O RÍTMO DO CARNAVAL

Carlos Eugênio

12//2/17/0

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O ritmo do carnaval


     O carnaval surgiu na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C. Passando a ser uma comemoração adotada pela igreja católica em 590 d.C. Os gregos realizavam essa festa em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo. Esse período era marcado pelo adeus a carne ou “carne vale”, em latim, dando origem ao termo carnaval. Tendo nascido com esse propósito, o carnaval tornou-se uma comemoração popular. Na qual uniu todas as classes sociais com intuito de divertir-se. Cabe a consciência de cada folião saber respeitar o seu limite para não ultrapassar os limites da vida.      Embora tenha iniciado na Grécia, foi no Brasil que o carnaval tomou sua maior popularidade. Tornando-se a festa mais popular do país. Em 1890 Chiquinha Gonzaga compôs a primeira música especifica para o carnaval “ô Abre Alas”. Sendo composta para o cordão “Rosas de Ouro”, que desfilava no Rio de Janeiro. Música ainda cantada com entusiasmo, nas melhores rodas de samba. Mas, é o “Olodum”, fusão de ritmos que vão desde o samba de roda da Bahia ao regue da Jamaica, que determina o compasso do carnaval brasileiro. As bandas baianas espalham-se nos munícipios, disseminando alegria por onde passa.

 

      Muitos ritmos tomarão conta do carnaval. O sucesso de diversas músicas fará, certamente, o folião cair na avenida, deixar a espontaneidade fluir e tomar conta de seu ser. Permitir extravasar a tristeza, em nome da alacridade, consiste numa atitude positiva. Entretanto, o ritmo do carnaval deverá ser o da responsabilidade. Dançar no ritmo do respeito à própria vida e a do próximo é a atitude mais sensata. Para que a felicidade momentânea não se perda em um caminho sem volta. Não se torne a última curva da vida, o último ato de amor, ou a derradeira vez que teve o prazer de apreciar a música carnavalesca de sua preferência.

 

     Diversas fiscalizações deverão está nas estradas para garantir o cumprimento da lei seca. Para que os dias de festa, não se transformem em momentos de lamentações e arrependimento, gerado pela imprudência no trânsito. Levando-se em consideração, que o trânsito brasileiro funciona como uma verdadeira guerra civil, ceifando a vida de jovens, adultos e crianças. Em muitos feriadões, as estradas que ligam cada lugarejo desse país, são lavadas pelo sangue de nossa gente. Portanto, é de fundamental importância a ação efetiva dos agentes de trânsito. Entretanto, a conscientização por parte dos motoristas é indispensável. Não é possível que os ritmos fúnebres sejam os mais tocados no final da festa. Que os balanços estatísticos batam recorde em cada ano com novas tragédias. É necessário mudar essa triste realidade.

 

         Para alguns, tomar o primeiro gole significa guardar a responsabilidade no fundo do baú. Então, se estiver dirigindo não beba, enquanto sóbrio é mais fácil segurar os desejos ocultos no subconsciente e pensar com racionalidade. Já está mais que provado, pelas estatísticas, que bebida alcoólica não combina com direção. As campanhas educativas alertam para esse fato que deve ser visto com seriedade. Levando-se em consideração o aumento do trafego nas rodovias, pelo maior fluxo de veículos no período carnavalesco, a probabilidade da ocorrência de acidentes devido às imprudências é bem maior. Garantir a segurança da família é o melhor ritmo para um carnaval saudável e feliz.

 

     Seja um maestro regendo o ritmo do seu carnaval. Para que o sonho não se torne pesadelo, nem as noites sejam eternas. Se resolver cair na folia, cuide-se para que a quimera continue e a vida lhe traga novos carnavais. Trate de reger a sinfonia do apreço pela arte de viver sabiamente em sociedade. Semeando harmonia pela avenida para que possa colher os frutos da amizade. E saborear os prazeres de uma brincadeira sadia, em nome da felicidade que os ritmos carnavalescos proporcionam ao povo brasileiro. 

 


Carlos Eugênio Sombra Moreira

Professor e Escritor

Carlos Eugênio

Nasceu em Russas - CE. Graduado em Português Licenciatura Plena pela Universidade Vale do Acaraú; (UVA), Especialista em Ensino da Matemática e Física pela Faculdade Vale do Salgado (FVS). Professor, colunista do Jornal Correio de Russas e da TV Russas.

Carlos Eugênio

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