COLUNISTAS / AIRTON MARANHÃO (IN MEMORIAN)

Professor Mestre Paulo de Tarso Pardal

Airton Maranhão (in memorian)

12//2/10/1

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Existe mistério nesse mundo que temos que acreditar, como premonição, de que há pessoas que já nascem com as suas autobiografias escritas para o fim de suas vidas, como acontece com a histórica trajetória da longevidade artística de muitos músicos de Russas, composta pela descoberta da arte de tantos gênios desconhecidos, que nascem em nossa terra natal e partem, cedo, para capital e para outras cidades, deixando fincado à margem do riacho Araibu, o cordão umbilical com os genes memoráveis dos acordes a definir a origem, a existência, a orquestra e os dons musicais herdados de nossos musicistas ancestrais. Como muitos russanos de saudosa memória, que exerceram função de grande relevância no mundo musical, deixando um legado de rara honorabilidade, destacando-se no âmbito, inclusive da música, como no caso do nobre Maestro Orlando Leite, homem de grande influência em sua época, pela tenacidade e coragem, deixou o seu nome consagrado em Russas e em todo o universo, convindo ressaltar que é imperioso lembrar desse mestre inesquecível que a história nunca apagará o seu vulto e a sua imagem, para assim, a compor essa lista, surgir o inimaginável Paulo de Tarso Vasconcelos Chaves, cognominado de “Paulo de Tarso Pardal” ou “Pardal”. Para registrar a honra e a magistralidade dos musicistas da nossa terra natal, a dignificar a ilustre procedência do gênio Pardal, pela adivinha Maria Almira Vasconcelos Chaves, que era casada com Francisco Evangelista Chaves, Coletor Federal em Jaguaruana - Ceará, e por exigência de sua mãe, que queria que o seu primeiro filho nascesse numa cidade grande, “Paulo de Tarso Pardal”, foi concebido em Russas, onde nasceu em 1955. Depois, só esteve na terra russana por uma única vez. Talvez por ter nascido na terra dos músicos, e por esse aspecto e por sua genialidade vieram a fazer dele um dos mais influentes construtor de instrumentos musicais, o qual tornou-se um luthier, equiparado a Nicolò Amati, mestre de Antonio Stradivari (1644-1737), ou Stradivarius. Para ser aclamado com maestria como profissional especialista em construção de instrumentos de cordas: violões de 6 e 7 cordas, bandolins, cavaquinhos, banjo e violões tenores, com encomendas desses instrumentos para muitos instrumentistas do país. Destacando do Ceará: Tarcísio Sardinha, Carlinhos Patriolino, Pedro Ventura, Macaúba, Mimi Rocha, e outros. Como músico, publicou os seguintes CDs de sua autoria: “Pirralho” (chorinhos), 2004. “Jiriquiti” (chorinhos), 2006. “Encantado” (chorinhos), 2007. E assim, abençoou na sua carreira de músico, sem deixar de exercer as outras artes, fazendo vários instrumentos e tocando cavaquinho, para fazer com diversos autores publicações de CDs de sua autoria, em parceria com: “Cais Bar” (com Joaquim Ernesto), 2003. “Praia de Iracema” (vários autores), 2005, e “Arandela” (com Virgílio Maia), 2006. Pardal, além de encontrar em si mesmo o dom da arte da construção de instrumentos musicais, foi funcionário de carreira do Banco do Brasil, durante 14 anos, mas com a diversificação de suas artes, pediu demissão para estudar literatura, em 1994. E além de exercer o magistério de professor universitário, com inteligência buscou com sucesso a continuar diversificável, passou a exercer a carreira de escritor, ensaísta, poeta, crítico de literatura, desenhista, pintor, musicista, compositor, contista, o qual ficou conhecido no meio artístico de “Professor Mestre” e a ser aclamado de “Paulo de Tarso Pardal” e ou simplesmente Pardal, porque desde a infância, já fazia talha de madeira, desenhava planta de casa, pintava e fazia cenário de teatro e de lapinha. Tornando-se assim um gênio consagrado em tudo que faz, para ter como reconhecimento pela diversidade de tantas artes e profissões, a alcunha de “Pardal”. Pelos vários instrumentos que constrói, pelos instrumentos que toca divinamente bem, pelo sucesso de suas músicas gravadas, pela composição dos chorinhos, pelo progresso dos seus livros lançados, pelas diversas profissões que exerce, tudo voltado para o campo das artes e da literatura. Que na prática das idéias literárias, publicou as seguintes obras: “Margem Oculta” (contos) Fortaleza: Ed. Oficina, 1995. “Difícil Enganar Os Deuses” (contos) Sobral, ASEL, 1999. “O Espaço Alucinante de José Alcides Pinto” (Dissertação de Mestrado) Fortaleza, UFC, Edições, 1999. “Contextualizando o Ensino” (V. 1), Coordenação Geral, Cândido B. C. Neto, Fortaleza, CETREDE, 1999. “Pensaios” (ensaios), Fortaleza, Ed. O Curumim Sem Nome, 2000. “Pirralho” (partituras), Fortaleza, Edições Livro Técnico, 2002. “Discurso do Imaginário” (ensaios), Fortaleza, Edições Livro Técnico, 2003. “Coleção Ensaios: Autores do Vestibular” (10 volumes). Fortaleza, Edições Livro Técnico 2004 e 2005. “Do Pitoco” (contos) Fortaleza, Edições Livro Técnico, 2006. “Autores em Destaque” (parceria com Prof. Lobão), Fortaleza, Ed. Farias Brito. Pardal ainda graduou-se em Letras pela Universidade Federal do Ceará (UFC), e em 1998 defendeu a Dissertação do Mestrado em Literatura Brasileira, na Universidade Federal do Ceará (UFC). Foi professor de Literatura na Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), e na Universidade Estadual do Ceará (UECE). Atualmente, é professor do Departamento de Literatura da Universidade Federal do Ceará (UFC) e da Organização Educacional Farias Brito. Com sua intelectualidade, como quem procura encontrar os segredos da vida musical na arte de fazer instrumento, Pardal criou um universo de idéias, através da idéia adivinha de sua mãe, para ter o seu primeiro filho em nossa terra natal, e como Russas é a terra dos músicos, acabamos de conhecer Paulo de Tarso Vasconcelos Chaves (Pardal).

 


Airton Maranhão

Advogado Escritor

Membro da Academia Russana de Cultura e Arte – ARCA

Airton Maranhão (in memorian)

.Originário de Russas – CE. Formado em Direito pela Universidade de Fortaleza – Unifor, advogado militante da Comarca de Fortaleza, e romancista. Livros publicados: Deusurubu, Admirável Povo de São Bernardo das Éguas Ruças. Romances: A Dança da Caipora, Os Mortos Não Querem Volta e O Hóspede das Eras. Membro da ARCA – Academia Russana de Cultura e Arte.

Airton Maranhão (in memorian)

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