COLUNISTAS / AIRTON MARANHÃO (IN MEMORIAN)

MAESTRO ORLANDO LEITE

Airton Maranhão (in memorian)

11//2/06/1

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O registro do brasão popular que deu a Russas o protótipo de terra dos músicos, reverencia-se aos genes ligados pela existência de inúmeras bandas de músicas, com seus extraordinários musicistas, em nossa terra natal. O que comprova em primeiríssimo dom destacar o maior gênio musical que Russas já conheceu, como o mais perfeito, o mais completo e inigualável, o Maestro Orlando Vieira Leite, filho de Vicente Leite de Oliveira e Leonides Vieira Leite, casado com Francina Gurgel Leite. Por ter nascido com a magia dos sons e reuni-los com todos os elementos de valores para sua vida, despertou o interesse de ser maestro e reger um concerto com perfeccionismo. Bacharel em Violino pelo Conservatório de Música Alberto Nepomuceno, no Ceará. Com licenciatura em Educação Musical pelo Conservatório de Canto Orfeônico, no Rio de Janeiro, em concurso obteve a primeira classificação tornando-se o aluno preferencial do maestro Villa Lobos. Com especialização em Regência Coral e Sinfônica no curso de Verão do New England Conservatory of Boston, em Tanglewood – EUA, ganhou bolsa de estudos do Governo da Alemanha, e chegou a estudar nos cursos de Composição, Regência, Pedagogia e Técnica Vocal, com os geniais mestres internacionais, como Wolfgang, Fortner, Kurt Thomas, Arthur Hartman, Johannes Roernberg e outros. Com a inteligência já escrita nas partituras e na batuta do maestro, Orlando Leite, além de identificar a sonoridade e tocar todos os instrumentos com afinadíssimo conhecimento musical e profundo saber, ditava o tempo da música para indicar a cada músico o momento de entrar num todo, para num só fim, unificar o acerto da harmonia. Porque a música se relaciona com a natureza e nem tudo dela encontra-se escrito nas partituras. Assim, Orlando Leite, com noção da técnica dos instrumentos musicais, com muito trabalho, prazer, dedicação e talento dos mestres e dos gênios de incansável busca do universo misterioso que produz a sonoridade da formação das gotas de chuva e das borboletas que se levantam, com sua produtividade a caminho dos vendavais sonoros, subiu aos pés dos corpos celestes mais luminosos do universo. E no apanágio de um jovem mentalmente criador para os movimentos magistrais da batuta, com a sensibilidade musical de um talento elevado à genialidade, com maestria em potencial, ergueu-se como regente das bandas de músicas de Russas. Diante dessa fonte luminosa do determinismo, com as suas asas de gigante da genialidade musical, não parou mais, e durante seu trajeto voou para o infinito, mais alto que Thomas Edison, que patenteou 1.093 invenções, mais alto que Picasso, que assinou mais de 20.000 obras, mais alto que a escritora Barabara Cartland, que escreveu 723 romances, o maior número de romances na história da literatura mundial. Com o nosso conterrâneo a se equiparar à celebridade de Stravinske e Beethoven, sem nada dever aos melhores maestros de todos os tempos, como o regente Herbert Von Karajan. Porque a música, a arte de todas as artes, é um pássaro para Deus. E esse pássaro, mestre do violino que entrou para a história como quem tocava com diversão favorita, o Bolero de Ravel, sobre o silêncio do alpendre da casa do seu pai Vicente Leite, situada na Av. Dom Lino, foi Diretor do Conservatório de Música Alberto Nepomuceno e fundador do Coral e da Orquestra de Câmara da Secretaria de Cultura do Ceará. E que representou o Brasil a convite do Ministro das Relações Exteriores, no encontro de Corais das Américas, no Chile. E o renomado maestro viajou a convite do Departamento de Estado, aos Estados Unidos, para visitar as maiores Universidades daquele país, para observar o funcionamento dos Cursos de Música. Maestro Orlando Leite foi ex-Diretor de música do Conservatório da Secretaria de Educação da capital cearense e professor de vários colégios, como: Liceu, Filgueiras Lima, 7 de Setembro e Colégio Batista. E por força de concurso ensinou na Escola Técnica do Ceará e no Ginásio Municipal. Foi Diretor do Teatro José de Alencar. Membro do Primeiro Conselho de Cultura da Secretaria Estadual de Cultura do Ceará. Professor da UFC. Chefe do Departamento de Música do Instituto de Artes da UNB, em Brasília. Professor da Faculdade de Artes Dulcina de Morais, em Brasília. E como Regente convidado, realizou vários concertos com Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília. Em destaque o Concerto Comemorativo ao Sesquicentenário do Pe. José Maurício, um “Festiva Mozart”. Regeu pela primeira vez no país a sua primorosa “Missa Longa”. Convidado pela Universidade de Paris, na Cidade Luz, fez várias apresentações com o Coral da Universidade de Brasília, sob sua regência. O Maestro Orlando Leite foi condecorado com o Título de “Professor Emérito”, pela UFC. Recebeu o Troféu “Carlos Câmara”, pelo Grupo Teatral Balaio. Foi agraciado com a Placa “Honra ao Mérito”, pela UECE. Foi condecorado com o Título de “Notório Saber”, pela UFC. Foi homenageado com a Medalha “José de Alencar”, concedida pelo Governo do Ceará. Com insígnia honorífica recebeu Diploma “Honra ao Mérito Cultural”, pela Prefeitura de Fortaleza. E já tão célebre com o marco de incontestável popularidade por exercer com êxito seu ofício de maestro, com toda amplitude da regência, do arranjo, da orquestração e teoria musical dos gênios da música clássica, foi agraciado com a Medalha “Beethoven”, pelo Governo da Alemanha. E assim com sua arte da batuta brilhante, passou a refletir na imagem clara da música universal pelo mundo, sem contar as homenagens recebidas em devotamento pela regência, pela inteligência, pela cultura e pela contribuição às partituras musicais que ampliaram pelo mundo inteiro, a elegância da sonoridade de todas as musicalizações representadas por sua genialidade de músico e maestro de Russas, com a notoriedade merecida na galeria genial dos grandes mestres.

                                                    
Airton Maranhão


Advogado e Escritor
Membro da Academia Russana de Cultura e Arte – ARCA

Airton Maranhão (in memorian)

.Originário de Russas – CE. Formado em Direito pela Universidade de Fortaleza – Unifor, advogado militante da Comarca de Fortaleza, e romancista. Livros publicados: Deusurubu, Admirável Povo de São Bernardo das Éguas Ruças. Romances: A Dança da Caipora, Os Mortos Não Querem Volta e O Hóspede das Eras. Membro da ARCA – Academia Russana de Cultura e Arte.

Airton Maranhão (in memorian)

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