COLUNISTAS / HILDEBERTO AQUINO

PENA DE MORTE – LEI DO TALIÃO

Hildeberto Aquino

12//2/02/0

Enviar por e-mail
Imprimir notícia

A despeito da hipocrisia contestadora das nossas autoridades políticas, militares, religiosas, judiciais etc., quando se manifestam contrários, no Brasil foi instituída a PENA DE MORTE BANDIDA. Trata-se de uma pena capital das mais estúpidas e abomináveis já concebidas pelo homem. Ela foi estabelecida pela bandidagem que age solta, se propaga geometricamente e continua impune. A eles, marginais, sem que a vítima tenha culpa, direito a defesa física ou jurídica, sem rituais, sem processos instaurados, sem julgamento prévio e apenas institivamente, ditatorialmente e sob o auspício das nossas autoridades constituídas enquanto se demonstram lenientes, omissas, relapsas, fracas, concedeu-se o poder de decidir sobre a vida de quem quer que seja e praticar esse ritual macabro sumariamente. Nesses casos não se pondera faixa etária, etnia, posses, credos, ideologias, quais atributos queiram dar aos infelizes escolhidos. Escolhe-se a vítima e ao menor sinal de reação, e maioria das vezes nem isso, executam-na sem misericórdia. Queiram ou não vivemos uma guerra sem dimensões e de uma crueldade nunca antes imaginada, pior que as guerras declaradas e que nos são apresentadas pelas TV. Matam com mais frequência, em maior número e por motivos banais. Matam a todo instante, um após outro. O bandido tem as nossas vidas nas mãos e cabe a ele, exclusivamente, decidir.      


       Reagir sempre foi a forma mais natural de sobrevivência do ser humano desde os tempos primordiais. Mas o que mais escutamos das autoridades incompetentes, inaptas, acovardadas é que não devemos esboçar mínimas reações ao que pagaremos com a própria vida. Deixam transparecer, cristalinamente, que as vítimas é que são os culpados e os assassinos frios, bestiais, covardes, têm razão ao assassinar impiedosamente, a qualquer tempo, as suas impotentes e desguarnecidas vítimas. Existir é a nossa culpa!


       Angustia-nos saber que pagamos impostos; que há uma Constituição que promete nos assegurar entre outras garantias o sagrado direito de ir e vir livremente; que somos estimulados pelo governo a desarmar-se sob pena de detenção; que temos direito à vida, mas que nada nos assegura essa prerrogativa que hoje já é tida como uma excepcionalidade. Vivemos sobressaltados, acuados, condenados sem culpas e reclusos em nossas casas. A morte nos espreita a cada esquina, até dentro dos nossos lares e locais de trabalho. Não bastasse, há os guardiões desses bandidos que sob o falso manto de resguardar “direitos humanos” interpõem-se em defesa desses vermes que matam inescrupulosamente. Ao se julgar delinquentes cautela deve caber sim, mas há casos escabrosos, de incontestável ação dolosa, prática de assassinatos a sangue frio, sem qualquer possibilidade de reação, mesmo que em contra-ataque e ainda que se saia em fuga desesperada em resguardo da vida as vítimas são perseguidas e mortas cruelmente. Não tem escapatória! Ato imediato, por inconsequência dos nossos medíocres, complacentes e inconsequentes legisladores, os vilões estarão postos em liberdade nas ruas desimpedidos para novas práticas de delitos, talvez mais cruéis ainda, ou, se condenados, nós é que os sustentaremos de tudo, inclusive com o injustificado auxílio reclusão – um prêmio aos que delinquem; uma ofensa aos trabalhadores honestos. Ninguém cogita de assegurar o cumprimento integral de penas, de impor trabalho vigiado em prol da sociedade ao se aproveitar a mão-de-obra dos presos para construção de escolas, hospitais, estradas, creches etc. Pelo contrário. A cada dia concedem-lhes mais privilégios. Já, já serão agraciados com o “Bolsa Prisão” ou então o 13º, 14º salários a exemplo do que ocorre com alguns políticos que se locupletam com essas vantagens.


       As autoridades constituídas se demonstram rendidas ao crime que assola o País e torna a vida dos brasileiros um inferno, sem perspectivas sob a falsa égide de uma fragilizada Democracia que tem mais com cara de “ditadura branca” - ainda mais fria, cruel e perniciosa que a declarada e assumida que já conhecemos.


       Quantos inocentes terão que sucumbir para que acordemos e saiamos desse estado de letargia crônica e possamos fazer opção pelo cidadão de bem? Não é uma escolha difícil, impossível, é simplesmente lógica e humana! Por que nesses casos não há isonomia - lei do talião? Mobilizemo-nos e lutemos por isso ou nos entreguemos, o crime, ao que se demonstra, venceu!


José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br
Visitem o Blog:  http://blogdoaquino.blogspot.com/

Hildeberto Aquino

Nascido em Crato (CE). Formação: Língua Portuguesa e pós-graduado em Gestão Escolar. Ex-funcionário do Banco do Brasil, 1972/1997, assumiu em Russas em 1982. Corretor de Imóveis. Articulista (crônicas e poesias). Meu lema: "Indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem. Clame, exija, exerça a sua cidadania e não seja mais um abmudo!" José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

Hildeberto Aquino

DEIXE O SEU COMENTÁRIO

Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da TV RUSSAS. É vedada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. TV RUSSAS poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

REDES SOCIAIS

  • Facebook
  • Twitter
  • Soundcloud
  • Youtube

©2009 - 2024 TV Russas - Conectando você à informação

www.tvrussas.com.br - Todos os direitos reservados