MERCADO NOVÍSSIMO

Hildeberto Aquino

12//2/24/0

Comparecemos ao CVT, em 23 de fevereiro de 2012, à reunião que tratou de assuntos pertinentes à construção do novíssimo Mercado Municipal. Representante do governo, técnico que coordenará o projeto, prefeito municipal e seu staff (completo), políticos, os interessados concessionários e parte da sociedade se fizeram presentes.

Seguiram-se às explanações técnicas feitas por um funcionário da Prefeitura os comentários do técnico coordenador. Ouvimos em resposta muitos, quase absoluta maioria, de “SEI NÃO!”. É óbvio que ditos com absoluta sinceridade, propriedade e habilidade porque partes dos questionamentos só podem ser realmente confirmadas com o andamento das etapas que vão desde a licitação; aluguel do espaço provisório para aonde serão deslocados os comércios dos concessionários; forma de remanejamentos e outros procedimentos. Comentou-se que seriam alocados recursos da ordem cerca de R$. 3 a 4 milhões do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento, a fundo perdido; que o prazo de conclusão estimado seria de um ano e que se obedeceria também a um cronograma para deslocamento e retorno dos interessados, procurando sempre amenizar os transtornos dessa mudança.

Não só pela exiguidade do tempo, julgamos tímida e não proveitosa a participação dos principais interessados. Apenas oito dos que lotaram o auditório se manifestaram e entre eles houve a intervenção de dois vereadores (um até expos por duas vezes suas boas sugestões), além também da participação de um membro do quadro da administração fazendo suas indagações. Isto é, apenas quatro dos principais interessados questionaram alguns aspectos e ainda assim não muito relevantes visto que só diziam respeito aos seus casos específicos e não ao conjunto da obra e interesses comuns. Parece-nos que a esses falta organização para discutir o projeto como um todo e seus benefícios e consequências. Ademais, carecem, e julgamos imprescindível, de um competente assessoramento jurídico para evitar demandas futuras.

Por fim o coordenador técnico sugeriu a criação de uma comissão com propósito de “negociar” aspectos de interesse coletivo. É bom lembrar que essa comissão não deve, em hipótese alguma, ficar submissa e apenas acenando concordante com tudo que se lhes apresentarem. Direitos estão em jogo, são questionados e prejuízos poderão advir se não bem negociados todo o processo e suas etapas. É ainda de bom alvitre lembrar que a conclusão se dará já na gestão de outro administrador e tendo a Prefeitura como concessora restará àquele, como prerrogativa indelegável, definir a quem fará concessões, pois se trata de um bem público.

Participar cuidadosamente de todas as etapas, questionar, apresentar ideias, despojar-se de egoísmo e ver o grupo como um todo indivisível é o caminho ideal. Uma ideia brilhante foi a da gestão participativa, posto que tudo, inclusive a temida terceirização, pode ocorrer.

Que resulte no melhor para Russas e para os abnegados concessionários que trabalham honestamente!

José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO
hildebertoaquino@yahoo.com.br
Visitem o Blog: http://blogdoaquino.blogspot.com/

"Indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem! Clame, exija, exerça a sua cidadania e não seja mais um abmudo. "
(J. Hildeberto Jamacaru de AQUINO)

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