COLUNISTAS / HILDEBERTO AQUINO

RUSSAS PEDE SOCORRO!

Hildeberto Aquino

11//2/18/1

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       Não é força de expressão. Tornou-se a realidade do nosso dia-a-dia! Crimes se sucedem, a cada dia e, em alguns casos, mais de um por dia, em qualquer lugar, a qualquer hora e permanecem insolúveis. A nota mais triste que se ouve é: “A polícia não logrou êxito na localização dos marginais...”. Já virou chavão. Isso nos transmite uma sensação de angústia, de impotência, de derrota ante o crime.

       Os lugares de atuação são os mais inesperados e não se restringem a bairros mais pobres, periféricos, como alguns preconceituosamente admitem ser o “normal”. É no centro da cidade, principais praças, ruas e avenidas, onde os bandidos descarregam suas potentes armas – 38 a ponto 40. Alguns, de tão confiantes na impunidade, sequer fazem uso de condução. Caminham displicentemente, fogem e se escondem. Escondem-se? Será que ninguém sabe quem são ou onde moram? Seriam ou não reincidentes? Por que continuam soltos e livres para agir? A culpa é sempre do outro poder.

      A culpa é de quem? Todos se eximem, inclusive a força de segurança. “Não podemos estar em todos os lugares...” Nem é o que esperamos senhores comandantes e delegados. Mas a quem pedir auxílio se não à força policial que a população paga e o Estado tem como obrigação, mantê-la ativa, diligente, eficaz, restabelecendo a ordem, custe o que custar? Onde está o serviço de inteligência? Caso contrário, de que servem? Estariam se assumindo incapazes para o exercício dessa honrosa missão? Jamais deveríamos cobrar da imprensa que apenas divulga os boletins diários repletos de ocorrências e, como também cidadãos, no uso dos seus direitos, sentem-se aviltados, acuados, ultrajados quando não vitimados. Cobrar do vigilante do posto de gasolina? De quem então se não das autoridades específicas? Estamos cônscios de que a responsabilidade não se restringe somente aos policiais. Não tem cabimento uma cidade com mais de 70 mil habitantes e não ter um Juiz fixo, residente na cidade. Vamos então cobrar, exigir da instância superior do Judiciário, um posicionamento. Seriam então dos políticos, os eternos indolentes, aqueles que não se aluem verdadeiramente e só promovem audiências para demonstrar que estão “atentos”, fazer pose para eleitores iludidos? Paliativos tão somente! Que providências resultaram das últimas audiências? Oradores foram tantos e em nada resultou. Por que não formam comissões e se dirigem ao Governador - o maior responsável pela Segurança do Estado e que se elegeu sob a bandeira da Segurança a qualquer custo e não parece estar dando cumprimento ao seu discurso? Chega de badalação quando das suas visitas e passemos a cobrar, exigir mais, posto que é função constitucional do Estado manter a Segurança. Que se digne e arranje mecanismos, dialogue mais, o que for. A força ou está desmotivada (justamente, assim cremos!), ou se demonstra incompetente para os fins a que se destina. Não pode haver meio termo quando se trata de proteger vidas! O que mais nos deixa perplexo é que não vem uma autoridade sequer a público, espontaneamente, como é de obrigação prestar contas, haja vista tratar-se de um serviço público, se dizer solidário e quais as providências que estão realmente sendo adotadas ou apontar onde estão as falhas ou quais são os verdadeiros culpados do seu ponto de vista. Só comparecem quando são estimulados, quase que forçados, pelos programas de rádio e jamais por iniciativa própria, cabida e devida. Temem o quê? Represálias dos superiores? Os que temem assumir responsabilidades não são dignos dos cargos que ocupam!

       Enquanto não se define de quem é a culpa a população ordeira continua atônita, acuada, aterrorizada e indignada. Ela também tem a sua pequena parcela de culpa ao não se mobilizar, sair às ruas em passeatas, faixas, ir a Prefeitura, Câmara, Fórum, Quartel, onde for. Reúnam-se Rotarianos, Maçons, CDL e demais entidades civis, estudantis e forcemos novas reuniões para que desta vez saiam definidas as orientações a serem implementadas sem mais protelações ou enganações. Só conversa e lamentos não resolvem! Essa nossa omissão também é responsável pelo que estamos verificando. Por que temos medo de gritar, cobrar e apontar culpados? Ou reagimos ou nos demos por vencidos. A bandidagem terá ganho, perdemos a guerra e cada um por si!

 

José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

Hildeberto Aquino

Nascido em Crato (CE). Formação: Língua Portuguesa e pós-graduado em Gestão Escolar. Ex-funcionário do Banco do Brasil, 1972/1997, assumiu em Russas em 1982. Corretor de Imóveis. Articulista (crônicas e poesias). Meu lema: "Indigne-se por você e por todos contra as injustiças, quais forem. Clame, exija, exerça a sua cidadania e não seja mais um abmudo!" José HILDEBERTO Jamacaru de AQUINO

Hildeberto Aquino

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